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Estado de Minas

Por ajuste, Dilma desmonta pilares do 1� mandato


postado em 18/01/2015 09:31 / atualizado em 18/01/2015 10:53

Bras�lia - O segundo governo de Dilma Rousseff ainda n�o tem 20 dias, mas j� registra recuos sobre pilares que sustentaram a pol�tica econ�mica at� 2014: a defasagem do pre�o dos combust�veis, a redu��o artificial das tarifas de energia el�trica, a pol�tica de "campe�es nacionais" do BNDES e os programas sociais de apoio aos trabalhadores. Na �ltima sexta-feira, houve outro sinal importante: a Volkswagen reverteu a demiss�o de 800 funcion�rios, sem qualquer tipo de ajuda governamental, como era comum no passado recente.

O personagem mais identificado com essas mudan�as � o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele afirmou, por exemplo, que os pre�os dos combust�veis s�o decis�o da Petrobras, em contraste com a clara subordina��o empresarial ao governo existente at� o fim do ano passado.

O recado era, no caso, que a empresa n�o ser� for�ada a reduzir o pre�o dos combust�veis por causa da queda na cota��o do barril de petr�leo.

Levy tamb�m fechou a torneira do Tesouro Nacional para o setor el�trico depois de haver defendido, em diversas ocasi�es, o "realismo tarif�rio" para um pre�o que ficou artificialmente contido nos �ltimos dois anos.

Seu discurso de posse, centrado no ataque ao "patrimonialismo", mirou bilion�rios subs�dios que o BNDES concedia a empresas "amigas", a conhecida pol�tica de "campe�es nacionais". Ainda em 2014, o governo elevou o juro dos empr�stimos concedidos pelo banco de desenvolvimento, o que trar� al�vio ao caixa do Tesouro mais adiante.

E, contra a promessa da presidente de n�o mexer em direitos dos trabalhadores "nem que a vaca tussa", Levy participou da elabora��o final das medidas que restringiram a concess�o de abono salarial, seguro-desemprego e um conjunto de benef�cios previdenci�rios. Tudo isso sem precisar voltar atr�s.

Guinada

Mas ainda � cedo para concluir que Dilma se converteu �s leis de mercado. A avalia��o de integrantes do governo e de analistas externos � de que essas guinadas s�o explicadas pelo comprometimento da presidente com o ajuste fiscal.

N�o h� revis�o de posi��o, e sim uma janela que se abriu para medidas de redu��o da interven��o estatal na economia provocada pelo seu custo.

Integrantes da equipe econ�mica querem aproveitar ao m�ximo esse momento favor�vel ao ajuste, j� que n�o sabem quanto tempo durar�. A rotina tem sido submeter as propostas � presidente e, havendo sinal verde, correr para coloc�-las em pr�tica.

Foi assim, por exemplo, na decis�o de deixar as tarifas de energia el�trica serem fixadas conforme seu custo. Estima-se que os pre�os da eletricidade subir�o 30% ao longo deste ano, depois de passar os anos de 2013 e 2014 rebaixados artificialmente, � custa de recursos do Tesouro Nacional.


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