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Estado de Minas

Levy diz que n�o assumiu para fazer 'remendos' e que ajuste fiscal � prioridade


postado em 22/01/2015 08:37 / atualizado em 22/01/2015 08:42

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, na quarta-feira, no F�rum Econ�mico Mundial, em Davos, que sua equipe n�o est� "aqui para fazer remendos", referindo-se ao seu plano de ajuste fiscal e de "arrumar a casa". Para Levy, os investidores internacionais n�o est�o preocupados com o curt�ssimo prazo, e o governo est� preparando o Brasil para ter um crescimento s�lido.

Ele mencionou a refer�ncia � necessidade de "paci�ncia e humildade" do discurso de posse da presidente Dilma e repisou algumas vezes que h� uma "torcida" pelo Brasil em Davos. Segundo o ministro, "a prioridade hoje � uma prioridade fiscal; quando o pa�s est� fiscalmente est�vel, as coisas funcionam muito melhor, o custo baixa".



Numa cr�tica clara � pol�tica de est�mulos � demanda do seu antecessor, Guido Mantega, Levy fez uma analogia entre a economia brasileira e um carro subindo uma ladeira. Segundo ele, a economia vinha desacelerando e as pisadas no acelerador estavam fazendo o carro engasgar. "Agora, engrenamos uma segunda e a� acelera, diferente de pisar no acelerador de quarta, com os incentivos, com isso e aquilo, porque isso n�o estava mais tendo tra��o."

A compara��o tamb�m � uma resposta a uma indaga��o geral em Davos, n�o s� da imprensa, mas tamb�m dos investidores, empres�rios e autoridades econ�micas com quem Levy vem se encontrando. O apoio no F�rum � nova pol�tica econ�mica ortodoxa � total, mas persiste uma s�ria d�vida quanto � capacidade de a economia brasileira voltar a crescer. Assim, a "segunda marcha" pode ser menos veloz que a quarta quando o carro est� engasgando, mas devolve tra��o e pode faz�-lo acelerar num momento seguinte.

Contra��o

Para Levy, pode haver um trimestre de contra��o (em Davos, falou em recess�o, mas corrigiu o termo mais tarde), mas isso n�o quer dizer nada em rela��o a um per�odo mais longo. Ele lembrou que houve trimestre de contra��o recentemente. Em almo�o organizado na quarta-feira, 21, pelo Ita� em Davos, o ministro disse que o crescimento em 2015 tende a ser "flat" (pr�ximo a zero). Na entrevista, ressaltou bastante que a in�rcia do mau desempenho de 2014 reflete-se no de 2015. "Uma coisa que aconteceu no passado pode ter impacto no crescimento dois ou tr�s trimestres depois, e a gente tem de olhar para a frente", disse.

Quando o assunto foi emprego, o ministro evitou comentar diretamente as proje��es de piora do mercado de trabalho, preferindo enfatizar medidas de facilita��o do neg�cio - ali�s, mencionadas v�rias vezes na entrevista. Levy disse que primeiro o governo est� "arrumando a casa, arrumando o conv�s, mas muita coisa que vamos fazer nos pr�ximos meses vai facilitar (neg�cios e cria��o de empregos) - em impostos e (tamb�m) uma grande agenda de todo o governo para a pequena e a m�dia empresa, que s�o as que mais rapidamente criam emprego".

Para o ministro, "mais importante do que o curto prazo em rela��o ao emprego � facilitar a abertura de empresas". Segundo Levy, num momento em que "o b�nus das commodities j� n�o est� t�o presente", � preciso "ousar e fazer coisas porque a gente vive num mundo de competi��o".

El�trico

Levy reafirmou a op��o de realinhamento de pre�os do setor el�trico e n�o comentou eventual "volta atr�s" na decis�o da Fazenda de n�o repassar recursos � Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE). Ao contr�rio das not�cias de disputa com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, Levy disse que o colega "faz um trabalho de primeira qualidade que d� orgulho para todo mundo que est� no governo".

De forma semelhante � usada para tratar do mercado de trabalho, Levy s� falou de forma muito indireta das atribula��es da Petrobr�s e preferiu enfatizar a surpresa positiva dos po�os superprodutivos do pr�-sal. Quanto � queda do pre�o do petr�leo, ele disse que, na m�dia, ela � favor�vel ao Brasil, por reduzir despesas da Petrobr�s com importa��o de combust�veis e aluguel de equipamentos, al�m de estimular a economia global e, em consequ�ncia, as exporta��es nacionais. Ele notou ainda que, com algumas exce��es no caso de royalties (referentes a Estados e munic�pios), o governo brasileiro n�o depende fiscalmente das receitas de petr�leo para se financiar, caso de muitos pa�ses petroleiros.

Em rela��o � perspectiva de alta dos juros nos EUA, o ministro observou que o Federal Reserve (Fed, BC americano) conseguiu, a partir do ano passado, separar esse movimento da alta das taxas de longo prazo. Por isso, Levy cr� que a poss�vel eleva��o do juro b�sico americano n�o vai repetir o estresse de meados de 2013. "Eu acho que hoje as condi��es s�o favor�veis para n�o ter uma turbul�ncia t�o grande se e quando houver esse aumento das taxas curtas", disse o ministro.


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