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Estado de Minas

Ind�stria teme que alta de impostos limite investimentos


postado em 22/01/2015 09:19 / atualizado em 22/01/2015 09:41

Ap�s o an�ncio de reajustes nos impostos de importa��o, na segunda-feira, o setor industrial teme que novos aumentos limitem ainda mais sua capacidade de investimentos. Estudo produzido pela Federa��o das Ind�strias do Rio (Firjan) indica que a carga sobre a ind�stria de transforma��o equivale a 45,4% de sua contribui��o ao PIB - ou seja, quase metade de tudo que o setor produz � direcionado para o pagamento de tributos. Ao todo, em 2012, o setor contribuiu com R$ 322 bilh�es em impostos, o equivalente a 31,1% de toda a arrecada��o do pa�s.


A avalia��o do economista Guilherme Merc�s, respons�vel pelo estudo da Firjan, � que o setor "atingiu o topo da curva de arrecada��o". "� importante reativar a economia, mas saber fazer � fundamental para ampliar a arrecada��o e estimular a ind�stria. Mais imposto � um tiro no p� do setor, que j� n�o vai bem. Estamos no pico da curva, quando mais impostos podem n�o representar mais arrecada��o", avaliou.

Para o economista, o momento � de cautela para aguardar as sinaliza��es de mudan�as na tributa��o pelo novo governo, mas o setor est� em alerta. De acordo com o estudo da Firjan, a arrecada��o em impostos sobre o lucro, como Imposto de Renda Pessoa Jur�dica (IRPJ) e Contribui��o Social sobre o Lucro L�quido (CSLL), caiu mais de 20% entre 2009 e 2012.

Isso, explica Merc�s, "� um reflexo quase perfeito" da queda das margens de lucro da ind�stria. "Os dados refor�am a tese de perda de competitividade em fun��o do alto custo. O setor � o �nico exposto � concorr�ncia externa, e se viu obrigado a reduzir a margem de lucro para n�o repassar custos ao pre�o final. Desonerar o lucro � garantia de novos investimentos. � uma desonera��o que se converte diretamente em investimento, que � a necessidade da economia no momento."

Desonera��es

Os c�lculos da Firjan foram feitos com base em dados de contribui��o por setor econ�mico, divulgados pela primeira vez pela Receita, que publicou as participa��es de diferentes impostos na carga total de cada setor, com dados referentes a 2012. Os indicadores revelaram tamb�m que o setor industrial teve a maior alta de contribui��o de impostos entre 2009 e 2012, quase 7%, apesar das desonera��es.

No per�odo, o governo reduziu o IPI e tamb�m desonerou parte da folha de pagamento. Por�m, o impacto real das medidas como est�mulo � ind�stria � question�vel. O IPI representa menos de 7% dos impostos pagos. E a desonera��o da folha n�o aliviou as contribui��es ao INSS, j� que o per�odo foi marcado por grande movimenta��o do mercado de trabalho, segundo o estudo.

"O direcionamento foi correto, redu��es de impostos sempre s�o bem-vindas. Mas n�o foi suficiente. O governo n�o teve sucesso em reduzir o fardo para a ind�stria. Na realidade, a redu��o foi menor que o necess�rio. O efeito foi m�nimo, e isso explica grande parte da dificuldade da ind�stria se recuperar", disse Merc�s.


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