O preju�zo causado pela falta de �gua para as f�bricas de roupas e tecidos � incalcul�vel, afirmou o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria T�xtil (Abit), Rafael Cervone Neto. De acordo com o empres�rio, a crise h�drica afeta todos os elos da cadeia produtiva do setor, principalmente nos segmentos intermedi�rios, de beneficiamento e tinturaria, e no in�cio da produ��o, quando as empresas usam �gua para climatiza��o e gera��o de vapor.
"Ainda n�o d� para calcular o tamanho desse impacto", disse Cervone Neto ap�s reuni�o com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e industriais na sede da Fiesp. "Em um dia de f�brica parada por conta da falta de �gua, o preju�zo � muito maior do que o que se poderia estimar na ponta do l�pis."
Ele garantiu que o assunto foi discutido no encontro e que os setores industriais colocaram a preocupa��o com a �gua como crucial para o pr�ximo ano. Segundo o empres�rio, os investimentos necess�rios para a resolu��o da crise h�drica precisariam de um tempo de execu��o de quatro a cinco anos, e n�o h� uma solu��o imediata para o problema.
Cervone lembrou ainda que a quest�o da �gua impacta tamb�m na gera��o de energia el�trica, outro assunto que preocupa a ind�stria t�xtil. No in�cio da produ��o, as f�bricas do setor utilizam de forma intensiva maquin�rio e equipamentos el�tricos. "Ent�o, a seca prejudica ainda a previsibilidade da economia brasileira, e ficamos sem saber se teremos energia ou n�o", disse.
O empres�rio criticou ainda o desperd�cio durante o transporte h�drico. Ele afirmou que, todos os anos, o Estado de S�o Paulo perde um trilh�o de litros de �gua por vazamentos, o que seria suficiente para reabastecer o Cantareira at� sua capacidade m�xima.
