Enquanto o governo estuda estender em um m�s o hor�rio de ver�o para tentar poupar os reservat�rios das usinas hidrel�tricas, a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) avalia que a economia gerada pela medida n�o ajudar� a aliviar a conta de luz dos brasileiros neste ano. Originalmente, o hor�rio diferenciado deveria acabar no pr�ximo dia 22.
"A medida em estudo pelo governo contribui pelo lado da demanda, mas n�o tem efeito nas tarifas", disse nesta sexta-feira, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. A ag�ncia abriu consultas p�blicas sobre os processos de reajustes dos valores pagos nas contas de luz: a revis�o extraordin�ria das tarifas de distribui��o e o reajuste nos pre�os das bandeiras tarif�rias.
Rufino afirmou que uma eventual prorroga��o do hor�rio de ver�o n�o precisa ser aprovada pela Aneel, mas disse que contribui com o Minist�rio de Minas e Energia na formula��o dos estudos sobre essa alternativa.
Ele admitiu que o hor�rio de pico de consumo no Brasil se deslocou do come�o da noite para o in�cio da tarde. Em tese, essa mudan�a no perfil de consumo dos brasileiros leva o hor�rio de ver�o a perder parte de sua efici�ncia. "Os estudos que est�o sendo feitos � que mostrar�o se a medida vale a pena", disse.
O MME far� uma reuni�o na pr�xima quinta-feira para que seja tomada uma decis�o sobre o hor�rio de ver�o. De acordo com registros do ONS, com uma hora a mais de luz natural, a demanda no come�o da noite diminui 2.065 MW no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 630 MW no subsistema Sul, correspondendo a uma redu��o de 4,6% e 5,0%, respectivamente. No ano passado, a ado��o do hor�rio especial permitiu economia de R$ 400 milh�es.