A Receita Federal apreendeu R$ 1,8 bilh�o em mercadorias no ano passado. O valor superou em 7,11% o total de R$ 1,68 bilh�o registrado em 2013. O montante apreendido no ano passado continua aqu�m do recorde de R$ 2 bilh�es em 2012. Na ocasi�o, o n�mero foi puxado pela Opera��o Pouso For�ado, envolvendo aeronaves, que representou sozinha R$ 400 milh�es em apreens�es. O balan�o da fiscaliza��o aduaneira em 2014 foi divulgado hoje (13) pela Receita Federal.
O produto com o maior valor em apreens�es no ano passado � o cigarro, com R$ 515,3 milh�es, ou 28,61% do total. Em segundo lugar est�o os eletroeletr�nicos, com R$ 151,8 milh�es ou 8,43% do total. Em terceiro v�m os ve�culos, cujas apreens�es somaram R$ 96,8 milh�es, o equivalente a 5,38% do montante. Por fim, as roupas responderam por R$ 94,3 milh�es ou 5,24% do total apreendido em 2014. A apreens�o dos itens de vestu�rio foi a que mais cresceu em rela��o a 2013.
O valor em apreens�es relacionadas a vestu�rio no ano passado superou em 64,67% os R$ 57,2 milh�es registrados em 2013. O subsecret�rio de Aduana e Rela��es Internacionais do �rg�o, Ernani Checcucci, n�o deu uma raz�o espec�fica para isso. “O contrabando de cigarros � um problema que precisa ser enfrentado, mas [em 2014] se destacou tamb�m a apreens�o de ve�culos e vestu�rios”. A Receita pode reter mercadorias por falsifica��o, contrabando e outras infra��es. As apreens�es podem ocorrer em opera��es de repress�o ou durante a fiscaliza��o de rotina.
No ano passado, as apreens�es durante opera��es de repress�o da Receita responderam por 33,9% do volume total, o equivalente a R$ 612,2 milh�es. O valor supera em 50,6% o das mercadorias retidas ap�s opera��es em 2013. Como resultado dessas a��es, foram aplicadas 3.528 multas, 20% a mais do que no ano retrasado. No entanto, o valor arrecadado com as puni��es caiu 23,65% no per�odo, de R$ 364,8 milh�es para R$ 278,5 milh�es. Segundo Ernani Checcucci, o motivo s�o os diferentes tipos de infra��o e valores das multas.
Em 2014, a Receita fez 3.110 opera��es, 3,7% a mais do que as 2.999 de 2013. S�o fiscalizados pontos como fronteiras, �reas nas proximidades de portos, vias de liga��o com grandes centros de consumo, al�m de feiras e com�rcio. Checcucci ressalta que houve mudan�as na forma de transporte de mercadorias nos �ltimos anos. “N�o tem havido mais essa situa��o de sacoleiros, a din�mica mudou. Houve redu��o de grandes ve�culos [como �nibus] e passou a ter ve�culos de menor porte.”
A Receita Federal faz tamb�m apreens�es de drogas, que s�o encaminhadas � Pol�cia Federal. No ano passado, o destaque foi a apreens�o de ecstasy, que totalizou 248 mil comprimidos. A quantidade supera em 125,45% a de 2013. “O ecstasy tem a ver com a atua��o [da Receita] principalmente em aeroportos”, avalia Ernani Checcucci.