O �ndice de Custo de Vida por Classe Social (CVCS) medido pela Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de S�o Paulo (FecomercioSP) ficou em 1,21% em janeiro, contra 0,74% registrados em dezembro, enquanto no acumulado do ano aumentou 6,73%.
O segmento de transportes pressionou o aumento do custo de vida, com alta de 1,65%, o que representou 29,33% da varia��o total, sendo atribu�do �s passagens de �nibus, trens e metr� de S�o Paulo que passaram de R$ 3 para R$ 3,50. Tamb�m tiveram altas significativas os grupos da alimenta��o e bebidas (1,26%), o que exerceu influ�ncia relevante no crescimento do custo de vida devido � crise h�drica na capital.
O setor da habita��o tamb�m influenciou o �ndice com a maior alta para o m�s, chegando a 3,49% contra 0,55% no ano passado, puxada pelo item energia el�trica, que sofreu reajuste nas tarifas e um acr�scimo de R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos em janeiro devido ao aumento da bandeira tarif�ria.
Dos nove grupos que comp�em o �ndice, vestu�rio e artigos do lar encerraram o m�s com varia��o negativa: 1,83% e 1,21%. Os outros grupos fecharam o m�s positivamente e contribu�ram para acelera��o dos pre�os.
As classes de renda que mais sentiram o aumento do custo de vida foram a D (1,71%) e a E (1,75%), em virtude da eleva��o nos �ltimos 12 meses dos grupos habita��o (7,3%) e alimenta��o e bebidas (7,26%), que representam 50% do or�amento das fam�lias. J� as classes A, B e C foram as menos prejudicadas.
A pesquisa da FecomercioSP analisa separadamente a alta de pre�os de produtos por meio do �ndice de Pre�os do Varejo (IPV) e de servi�os por meio do �ndice de Pre�os de Servi�os (IPS). Os pre�os dos produtos subiram 0,48%, puxados pelo grupo alimenta��o e bebidas, com eleva��o de 1,43%. O destaque ficou por conta dos produtos in natura: batata-inglesa (40,01%), feij�o-carioca (18,49%), tomate (16,12%), sardinha (12,35%) e repolho (10,94%).
De acordo com a assessoria econ�mica da FecomercioSP, a escassez de �gua gera aumento do custo de irriga��o dos plantios e prejudica a quantidade dos produtos � venda. A alta desses alimentos tamb�m � reflexo da infla��o dos pre�os de combust�veis, que deixa o frete mais caro.
J� o �ndice que avalia os pre�os dos servi�os subiu 1,98%, com destaque para habita��o (4,24%), transportes (2,86%) e alimenta��o e bebidas (1,01%). “Para os pr�ximos meses, ainda deve haver significativa influ�ncia altista devido ao reajuste de energia para o grupo habita��o, al�m de educa��o, que costuma ser computada em fevereiro. � importante lembrar que outro custo que deve pressionar de forma decisiva o setor produtivo e encarecer o pre�o final dos produtos � a �gua, visto que, muito embora n�o haja um racionamento oficial, muitas regi�es de S�o Paulo j� enfrentam interrup��o no abastecimento”, avaliaram os economistas da Fecom�rcioSP