A redu��o do ritmo de atividade de empresas do setor de vestu�rios e fumo foi a respons�vel pela retra��o da ind�stria de embalagens em 2014, que registrou uma queda de produ��o de 1,47%. De acordo com o coordenador de an�lises econ�micas do IBRE/FGV, Salom�o Quadros, a maior retra��o foi observada no setor de vestu�rio e acess�rios, de 3,19% na compara��o com 2013, seguido por fumo (-1,46%) e alimentos (-1,42%), segundo dados do IBGE. Quadros destacou que a queda em alimentos mostra que j� acontece a redu��o do consumo no Brasil.
Durante a divulga��o dos dados pela Associa��o Brasileira de Embalagem (Abre), o economista destacou que no ano passado foi registrada tamb�m uma expans�o menor de outros usu�rios das embalagens, que poderiam compensar a queda. O segmento de perfumaria, sab�es, detergentes e produtos de limpeza, por exemplo, havia elevado sua produ��o em 5,64% em 2013 ante 2012, mas a alta foi de apenas 0,88% no ano passado.
Apesar da queda no mercado de alimentos, o coordenador do IBRE/FGV ressalta que o segmento de bens n�o dur�veis ainda "segura" a ind�stria de embalagens, que apresenta decr�scimo, mas bem menos que a ind�stria de forma geral, que caiu 3,23% no ano passado.
Emprego
A situa��o econ�mica afetou tamb�m a cria��o de vagas de trabalho no setor, que somou 227.321 postos em dezembro de 2014, uma queda de 0,41% ante dezembro de 2013, de acordo com a Abre. O resultado, no entanto, tamb�m � melhor do que da ind�stria em geral, onde o emprego formal caiu 4% na compara��o entre os meses de dezembro. "Para 2015 parece inevit�vel que as alta das taxas de juros, a retra��o do cr�dito, ajuste fiscal e outros pontos do lado macroecon�mico v�o afetar a taxa de desemprego", disse Quadros.