
Nesta ter�a-feira, caminhoneiros mant�m interdi��o em pelo menos oito trechos de BRs mineiras. O protesto se estende por mais de 48 horas e impede a passagem de ve�culos de carga. Somente carros menores e �nibus t�m a circula��o liberada. Segundo a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) os pontos de interdi��o est�o na BR-381, em Igarap�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, Oliveira e Perd�es, na BR-262, em Juatuba, na Grande BH, e Realeza, distrito de Manhua�u, Zona da Mata, na BR- 040, em Nova Lima e Congonhas, Regi�o Central, al�m da BR-116, tamb�m em Manhua�u. H� interdi��o ainda na MG-050, entre Ita�na e Divin�polis, no Centro-Oeste. Al�m de Minas Gerais, seis estados enfrentam protestos, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Paran�, em Santa Catarina e Rio Grande do Sul e Goi�s com bloqueios em rodovias, nesta ter�a-feira.
Ontem, diversas rodovias foram bloqueadas por caminhoneiros que protestam contra alta de combust�veis, e servidores p�blicos e empregados terceirizados cruzaram os bra�os em busca de reajustes salariais. Para piorar a situa��o, trabalhadores da ind�stria automotiva foram dispensados ou obrigados a tirar f�rias e empresas envolvidas no esc�ndalo de corrup��o da Petrobras continuam a fechar vagas porque alegam que n�o recebem recursos para honrar os compromissos.
Em sete estados do pa�s, caminhoneiros cruzaram os bra�os, mas a Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) ingressou com a��es na Justi�a Federal com o intuito de suspender os bloqueios nas estradas. A AGU, al�m de pedir a ado��o de medidas necess�rias para garantir o direito de ir e vir das pessoas, liberando as pistas para livre circula��o, solicitou ainda a fixa��o de multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o tr�fego.
Os trabalhadores reclamam que o pre�o dos combust�veis aumentou e o dos fretes permanece inalterado. Os motoristas profissionais ainda reivindicam queda no valor dos ped�gios, melhores condi��es nas rodovias do pa�s e tributa��o diferenciada no transporte de cargas.
Fiat libera 6 mil trabalhadores
Com o tr�fego de caminh�es interrompidos, diversas empresas foram afetadas. Na f�brica da Fiat, em Betim, os trabalhadores do segundo e terceiro turno foram liberados nesta ter�a-feira - pelo segundo dia consecutivo - devido �s perspectivas de falta de pe�as para a montagem de carros. S�o cerca de 6 mil funcion�rios dispensados. Considerando que a planta produz aproximadamente 3 mil carros diariamente, a paralisa��o dos dois turnos faz com que pelo menos 2 mil ve�culos deixem de ser produzidos por dia.
Na segunda-feira, cerca de 6 mil trabalhadores do segundo e do terceiro turnos j� tinham sido liberados. Segundo a Fiat, eles est�o sendo dispensados porque o protesto impediu que as autope�as e componentes utilizados na fabrica��o de ve�culos chegue no hor�rio programado. A f�brica de Betim est� localizada na BR-381 (rodovia Fern�o Dias), principal liga��o entre S�o Paulo e Belo Horizonte. A unidade fica em uma regi�o de alta concentra��o industrial, pr�xima � refinaria Gabriel Passos da Petrobras.
A Fiat afirma que est� monitorando o protesto, "na expectativa de que a situa��o se normalize", para decidir quando os trabalhadores devem voltar. A montadora informou que os funcion�rios do turno da noite (23h-5h) est�o "mobilizados" para irem trabalhar nesta ter�a-feira, caso a situa��o das rodovias melhorem ao longo do dia. A empresa n�o descarta ter que dispensar os colaboradores novamente amanh�.
Ceasa No entreposto da Ceasa em Contagem, o fluxo de mercadorias ainda n�o tinha sido afetado pela paralisa��o, mas t�cnicos fazem o levantamento para mensurar a situa��o. Segundo nota da central de abastecimento divulgada hoje, "uma an�lise mais precisa dos eventuais impactos da entrada de mercadorias dever� ocorrer ap�s o mercado da manh� desta quarta-feira, quando a movimenta��o volta a ser mais mais intensa". No mercado dessa segunda-feira, a entrada de mercadorias se deu normalmente, n�o comprometendo o abastecimento de produtos. (Com informa��es Antonio Tem�teo, Rodolfo Costa /Correio Braziliense , Pedro Rocha Franco , Luiz Ribeiro)