O bloqueio nas estradas j� compromete a produ��o e o abastecimento de g�neros de primeira necessidade, a exemplo de alimentos, bebidas e combust�veis, no varejo de Belo Horizonte e interior de Minas Gerais. A rede de hipermercados Verdemar, da capital mineira, n�o conseguiu, ontem, repor as prateleiras de hortigranjeiros e um carregamento de salm�o adquirido pela empresa estava retido at� a noite de ontem na Rodovia Fern�o Dias, que liga BH a S�o Paulo. A Forno de Minas, maior fabricante de p�es de queijo do pa�s, monitorava, tamb�m no come�o da noite, pelo menos 10 carretas impedidas de trafegar com cerca de 250 toneladas de alimentos congelados, que correm o risco de estragar.
Faltou combust�vel nos munic�pios de Ouro Preto e S�o Jo�o del-Rei, na Regi�o Central de Minas; e em Oliveira, Cl�udio, Perd�es e Campo Belo, no Centro-Oeste, segundo informa��es do Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados do Petr�leo de Minas Gerais (Minaspetro). “Se o movimento n�o terminar, pode faltar combust�vel em todo o estado”, afirmou o presidente da institui��o, Carlos Guimar�es J�nior.
Grandes e m�dios fabricantes de bebidas paralisaram ontem algumas linhas de produ��o por falta de vasilhames que n�o chegaram �s f�bricas, segundo o presidente do Sindicato das Ind�strias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), M�rio Morais Marques. “Nas m�dias empresas de BH e interior, h� atrasos nas entregas, embora ainda sem paralisa��o de f�bricas”, afirmou o empres�rio.
A greve dos caminhoneiros afeta neste momento principalmente os segmentos de produtos perec�veis no hipermercado Verdemar, de acordo com o propriet�rio da rede, Alexandre Poni, que � tamb�m presidente da Associa��o Mineira de Supermercados (Amis). “Estamos apreensivos porque o desabastecimento de comida vai ocorrer se a greve persistir”, afirmou. A f�brica de Contagem,, na Grande BH, da Forno de Minas, liberou empregados do turno da noite de ontem e decidiu dispensar, da mesma forma, os trabalhadores dos dois primeiros turnos de hoje, informou o presidente da empresa, H�lder Mendon�a. “S�o mais de 400 pessoas paradas e mais de 40 toneladas de produtos que deixam de ser produzidas por turno”, afirmou.
A Fiat Autom�veis paralisou ontem sua produ��o, de 3 mil carros por dia, e manter� em casa os trabalhadores do turno da manh� de hoje. A unidade industrial de Betim deixou de produzir 5 mil carros na segunda e ter�a-feira. O diretor-executivo do Sndicato das Ind�strias de Latic�nios de Minas Gerais (Silemg), Celso Costa Moreira, afirmou que se a greve persistir at� o fim da semana, latic�nios ter�o que parar a produ��o e o preju�zo di�rio pode chegar a R$ 17 milh�es no estado.