A arrecada��o de impostos e contribui��es federais em janeiro ainda n�o reflete as medidas de aumento da tributa��o anunciadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no in�cio do ano. Embora as medidas - entre eles a eleva��o do IOF para opera��es de cr�dito de pessoa f�sica - tenham sido anunciadas ainda em janeiro, o impacto no recolhimento dos tributos s� come�a a partir de fevereiro.
O chefe do Centro de Estudos Tribut�rios e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, n�o quis fazer previs�es de novos aumentos de impostos. Ele afirmou, no entanto, que a Receita faz os c�lculos sobre impacto de medidas a serem adotadas para subsidiar a equipe econ�mica. Ele n�o quis tamb�m fazer avalia��es sobre previs�o de arrecada��o em 2015 porque � preciso aguardar o decreto de programa��o or�ament�ria a ser divulgado depois da aprova��o da Lei Or�ament�ria pelo Congresso Nacional.
Segundo Malaquias, o impacto das desonera��es tribut�rias tende a ser menor a partir de agora por causa de mudan�as na legisla��o e recomposi��o de al�quotas de tributos como o IPI. Na sua avalia��o, o aumento do IPI para autom�veis a partir de janeiro n�o teve peso maior na arrecada��o porque o setor reduziu as vendas. "O aumento de IPI para autom�veis n�o apareceu porque confrontou com a queda nas vendas", disse.
Malaquias disse que a Receita tem catalogado 101 regimes especiais que foram concedidos ao longo dos anos em algum momento econ�mico espec�fico que s�o monitorados rotineiramente. "O papel da Receita � monitorar e informar quanto cada regime impacta na economia e como os gastos est�o sendo financiados. Quando o governo deixa de arrecadar algum tributo espera que a economia reaja de alguma forma. O papel da Receita � informar os �rg�os superiores quanto est� se gastando com esses programas", explicou. Ele avaliou que a arrecada��o deve voltar a crescer a partir do momento que e economia mostrar recupera��o.