A paralisa��o de caminhoneiros no Paran�, respons�vel pelo bloqueio de 40 pontos no interior segundo dados das pol�cias rodovi�rias do Estado e Federal, tem provocado n�o apenas um desabastecimento, mas tamb�m a perda de mercadorias.
Segundo dados de entidades ligadas � agricultura, a cadeia produtiva do leite e granjeiros j� registra um preju�zo de R$ 10 milh�es/dia e na regi�o de Toledo, 900 mil pintinhos precisaram ser descartados, al�m de outros 750 mil na regi�o Sudoeste, por causa das paralisa��es no transporte das aves e de ra��es. Se a greve continuar as chocadeiras precisar�o ser desligadas.
A entrega do leite - que tem sido descartado em diversos pontos de bloqueios, para fam�lias carentes, na regi�o Norte e na regi�o Centro-Oeste tamb�m foi afetada. Dados do governo estadual apontam que nas Ceasas de Foz do Igua�u e Cascavel a comercializa��o caiu nesta semana e houve falta de alguns produtos. "Temos recebido cargas isoladas de alguns itens, principalmente os produzidos no Estado, mas n�o recebemos, por exemplo, cargas de tomate e batata", disse Valdinei Loesi dos Santos, gerente da Ceasa de Foz do Igua�u.
O mesmo ocorre na Ceasa de Cascavel, que n�o recebeu os mesmos produtos. "Os pequenos com�rcios varejistas acabam sendo os mais afetados com essa diminui��o da oferta no atacado", explica Neide Cordeiro, gerente da unidade em Cascavel.
O Porto de Paranagu� tem sido um dos reflexos da paralisa��o, quando no in�cio da semana, de um total de 900 caminh�es que deveriam chegar at� o local para descarregar, apenas 45 chegaram e a previs�o para os pr�ximos dias seria de 1.600 caminh�es, o que n�o deve ocorrer.
Segundo a Associa��o Paranaense de Supermercados (Apras) h� estoque nos mercados para mais cinco dias e o risco de desabastecimento � iminente, sendo que em Maring� e em Pato Branco ele tem sido maior. Quanto ao combust�vel, o tr�fego na Repar, em Arauc�ria, tem mantido o abastecimento de gasolina e �lcool na regi�o da capital e metropolitana.
Acordo
Governo e caminhoneiros chegaram a um acordo, assinado na madrugada desta quinta-feira, 26, por grevistas e ministros do governo Dilma Rousseff, para acabar com os bloqueios nas estradas.
A proposta foi fechada depois de tr�s rodadas de negocia��o. Entretanto, o Comando Nacional do Transporte, entidade que diz tamb�m representar os caminhoneiros, postou um v�deo no Facebook em que diz n�o ter havido acordo.
Segundo boletim da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), divulgado no in�cio da manh� desta quinta, 81 rodovias ainda estavam interditadas em seis Estados.