O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentou nesta ter�a-feira, como "constru��o do parlamento" uma proposta para resolver o impasse pol�tico envolvendo a corre��o da tabela do Imposto de Renda (IR). O projeto aprovado pelo Congresso Nacional, que foi vetado pela presidente Dilma Rousseff, previa a corre��o da tabela em 6,5%. O veto deve ser levado a vota��o amanh� em sess�o do Congresso Nacional e deve ser derrubado.
Calheiros sugeriu a cria��o de tr�s faixas de corre��o do IR. De 6,5% para faixa de renda at� R$ 2.840,06; de 6% para rendimento at� R$ 3.751,06; de 5% at� R$ 4.664,68; de 4,5% para ganhos mensais acima de R$ 4.664,68. "Se for o caso e se a negocia��o evoluir a partir da proposta do Congresso Nacional, o governo dever� editar uma medida provis�ria como consequ�ncia dessa negocia��o. Eu acho que isso � muito bom para o Pa�s. Isso (proposta) � de comum acordo com a C�mara. O fundamental que deve ser comemorado � que � uma proposta do parlamento para resolver um grande problema", disse. A parcela de dedu��o mensal, de acordo com as faixas de renda, passa do m�nimo de R$ 134,08 para R$ 144,81, e o m�ximo passa de R$ 826,15 para R$ 881,53.
A proposta foi apresentada ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que deve responder ao presidente do Senado ainda hoje. "Daqui a pouquinho vou falar com o ministro por telefone e darei uma resposta (ao plen�rio do Senado)", afirmou.
Calheiros anunciou a medida cobrando mais participa��o do Congresso na elabora��o da pol�tica econ�mica do governo da presidente Dilma Rousseff. "Acho que o ajuste e essa quest�o econ�mica como um todo, ela tem que ser discutida conjuntamente. N�o podemos fati�-la, discutir Imposto de Renda, sem discutir tudo isso de acordo com uma agenda. Mas essa quest�o da tabela do IR � uma emerg�ncia que tem de ser verdadeiramente resolvida hoje", disse.
Ao anunciar a nova faixa de corre��o do IR, o presidente disse que a sugest�o elaborada com l�deres partid�rios era para resolver "parte desses problemas que se arrastam" e superava outras duas propostas do governo que circulavam no Congresso.
Ele disse ainda que a oposi��o vai discutir a medida elaborada pela base aliada. "O PSDB e o DEM v�o avaliar nas suas bancadas, mas, desde j�, n�s vamos em nome das lideran�as colocar essa terceira proposta como uma constru��o do parlamento, uma colabora��o com uma sa�da para um problema que se arrasta no nosso dia a dia", afirmou.