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Estado de Minas

Banco Central diz que disparada do d�lar � exagerada

Moeda fechou na sexta com alta de 3,36%, cotada a R$ 3,26, o maior valor desde 2 de abril de 2003


postado em 14/03/2015 08:49 / atualizado em 14/03/2015 09:10

No dia em que o d�lar atingiu o maior valor em quase 12 anos, o Banco Central saiu ontem do sil�ncio e mandou um recado direto ao mercado financeiro de que h� exagero na disparada da cota��o da moeda americana. Fontes do BC alertaram que mais "cedo ou mais tarde" o mercado far� a corre��o das taxas.

Para o BC, h� muita "gordura" na taxa de c�mbio, que provoca impacto nas taxas de juros futuras, adicionando pr�mios aos ativos. A avalia��o � de que a institui��o tem procurado mostrar que o processo de ajuste no c�mbio, que ocorre hoje na economia brasileira, tem de se dar de uma maneira "suave".

N�o haveria, no entendimento da autoridade monet�ria, justificativa nos fundamentos do Pa�s para que a alta do d�lar "ande mais r�pido" no Brasil do que nos outros pa�ses.


O d�lar fechou ontem com alta de 3,36%, cotado a R$ 3,26, o maior valor desde 2 de abril de 2003 e os agentes do mercado reclamam que o BC n�o est� agindo para conter a volatilidade excessiva das taxas.

O Banco Central contesta a avalia��o de que est� parado assistindo ao movimento do mercado e considera que a disparada de ontem reflete uma vis�o de curto prazo em decorr�ncia das especula��es em torno da reuni�o do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos (Fed, na sigla em ingl�s). "� claro que esse caminhar do d�lar est� olhando para a semana que vem. � uma vis�o de curto prazo", disse uma fonte graduada do BC.

J� se sabe que, na pr�xima reuni�o, o Fed vai mudar o seu comunicado em rela��o ao in�cio do processo da alta de juros nos Estados Unidos, mas essa a��o n�o significa, na avalia��o do governo, que se esteja na imin�ncia de aumento.

A expectativa � de que o BC americano s� comece a elevar os juros em setembro, mais para o fim do ano. Em raz�o desse movimento esperado do Fed, os agentes do mercado est�o se antecipando comprando d�lar para prote��o.

No Brasil, no entanto, esse processo de alta estaria "esticado" demais, na avalia��o da autoridade monet�ria. "� importante que o mercado saiba que o BC entende que � uma exagero. Essa � a mensagem", afirmou uma fonte do BC, ressaltando que a institui��o est� atenta e monitorando o quadro.

Outra fonte do BC destacou que o �ndice DXY, que mede o valor do d�lar comparado a uma cesta de moedas, est� no n�vel mais alto desde mar�o de 2003, o que refor�a o quadro atual de que o fen�meno � global e n�o reflete uma fraqueza do Brasil.

Swaps

O nervosismo do d�lar no mercado tamb�m reflete as especula��es em torno da expectativa do fim do programa de oferta de swap cambial do BC, mais conhecido com "ra��o di�ria". O BC ainda n�o tomou a decis�o sobre a renova��o ou n�o do programa, que termina no final de mar�o. O an�ncio s� ser� feito no final do m�s, porque causa impacto no futuro. "E se tem mais informa��es sobre o futuro quanto mais pr�ximos estivermos do futuro. Por isso, � preciso empurrar mais para a frente", justificou a fonte.

O BC avalia que o c�mbio flutuante � a primeira linha de defesa para evitar volatilidade excessiva. E o programa de swap cambial tem como objetivo principal oferecer prote��o ao mercado e, com isso, suavizar movimentos do mercado "O BC n�o est� parado. Est� fazendo leil�o de US$ 100 milh�es de swap cambial todo dia", disse.

As declara��es de fontes do BC fizeram a cota��o do d�lar no mercado futuro recuar, mas a moeda se fortaleceu novamente com coment�rios de outra fonte da equipe econ�mica, de que o governo n�o vai intervir no c�mbio. Segundo essa fonte, o mercado est� testando o BC. "O governo n�o vai intervir no c�mbio", disse a fonte do Minist�rio da Fazenda.


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