O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira, na sede da Associa��o Comercial de S�o Paulo (ACSP), que a maneira de ter juros mais baixos � as pessoas olharem e perceberem robustez na economia. A�, segundo o ministro, a d�vida p�blica vai cair. Para ele, o que faz os juros serem baixos � a poupan�a.
Levy ressaltou, no entanto, que no ano passado a poupan�a foi da ordem de 13% do PIB e que pode ter ca�do para 12% neste ano. "Com poupan�a de 12% do PIB a gente vai ter juros mais baixos? Se quero financiar concess�es tenho que poupar um peda�o para investir nisso. Depois fica mais f�cil trazer poupan�a de fora para financiar a infraestrutura", disse o ministro, refor�ando que n�o h� raz�o para o Pa�s n�o conseguir fazer isso.
De acordo com Levy, se o Brasil tem uma economia de iniciativa privada � preciso dar o m�nimo de seguran�a ao empres�rio. "Tem que olhar e dizer: esse neg�cio vai dar certo e quero colocar mais (dinheiro) nessa parada. A ideia de que o governo n�o cortou gastos tem que ser bem olhada", afirmou o ministro, acrescentando que o governo fez uma programa��o de gastos muito forte.
Ainda segundo Levy, os cortes no or�amento de despesas discricion�rias tem sido muito forte e isso vai ficar mais claro, talvez, quando o Or�amento for votado. "O que importa � quanto eu deixei de gastar e o governo teve grande disciplina nessa �rea", destacou o ministro. Ele acrescentou ainda que o aumento do sal�rio m�nimo para todos os benef�cios do INSS pode gerar uma conta importante e que esse � um tema que tem de ser debatido.
Para Levy, o governo est� priorizando gastos e cada ministro � informado de quanto disp�e. "A presidente Dilma validou que vamos gastar o que foi gasto em 2013, disse Levy, afirmando que o governo vai fazer uma simplifica��o do PIS e Cofins." De acordo com ele, essa mudan�a � muito importante para a ind�stria e vai trazer transpar�ncia na carga do setor. "Isso vai gerar mais velocidade para quem tem cr�dito e ser� bem mais autom�tico", disse o ministro.
Simples
Levy disse ainda que o sistema Simples tem funcionado bem e que "tem que ser bem integrado ao tecido tribut�rio para n�o criar pontos de atrito". O coment�rio do ministro, feito para empres�rios na Associa��o Comercial de S�o Paulo, foi interpretado como uma defesa do Simples, mas que qualquer demanda do setor privado para que ele seja aperfei�oado precisa considerar a necessidade de preservar o equil�brio fiscal.