O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta tarde de ter�a-feira, durante audi�ncia na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, que a taxa de c�mbio seguir� flutuante sem qualquer defini��o de patamar definido pelo governo. "No regime de c�mbio flutuante, o governo n�o tem muito o que fazer", disse. "O governo n�o tem meta para taxa de c�mbio", completou.
Barbosa defendeu a atua��o do Banco Central no mercado para evitar disparadas agressivas. De acordo com o ministro, o BC "procurou atenuar ajuste de c�mbio por meio de swap". Em resposta ao senador Jos� Serra (PSDB-SP), que criticou o programa de swap do governo, Barbosa disse que a interven��o do BC ocorre de forma transparente e cumpre uma "obriga��o contingente".
Ele ressaltou, ainda, que o Banco Central interv�m no c�mbio desde o governo Fernando Henrique Cardoso. "A pol�tica (do BC) � de rolar suas posi��es neste momento em que a taxa de c�mbio est� buscando um novo patamar", considerou. Barbosa disse que o presidente do BC, Alexandre Tombini, dar� explica��es sobre swap quando vier � CAE na pr�xima ter�a-feira, para audi�ncia p�blica com o senadores.
D�vida bruta
Barbosa admitiu durante a audi�ncia na CAE que a d�vida bruta do Pa�s "infelizmente � elevada". Segundo ele, o governo tem como objetivo reduzir a d�vida bruta e a l�quida, embora a l�quida esteja "reduzida", na avalia��o do ministro, em rela��o a outros pa�ses. "Nosso objetivo � reduzir as duas. Essa diferen�a entre a l�quida e a bruta � um dos fatores que explicam o fato de nossa taxa impl�cita estar muito alta", afirmou.
Segundo ele, por�m, essa redu��o da d�vida ser� feita de forma gradual, "sem nenhum ajuste s�bito". "Mas vamos tentar distribuir isso no tempo. A situa��o n�o se compara ao que ocorreu na Gr�cia", disse. Ainda conforme o ministro, � importante que o Pa�s obtenha uma sequ�ncia de super�vits por muitos anos. "Naturalmente, isso tamb�m representa um grande esfor�o fiscal."
Imposto sobre heran�a
O ministro disse que o governo estuda criar um imposto sobre a heran�a. Segundo ele, por�m, isso tem sido tratado pelo Minist�rio da Fazenda. "O que n�s manifestamos nessas ocasi�es � que a alternativa de taxar grandes fortunas tende a gerar alguns problemas. Em momentos de incerteza, isso pode gerar movimentos especulativos", afirmou. "O imposto sobre heran�a � menos complicado e v�rios pa�ses do mundo adotam, mas isso foi proposto e est� sendo conduzido pela Fazenda."