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Estado de Minas

Lei Anticorrup��o lida com baixo investimento das empresas, aponta pesquisa

Apenas 20% das 124 empresas pesquisadas declara ter uma pol�tica anticorrup��o


postado em 21/03/2015 11:49 / atualizado em 21/03/2015 11:57

A regulamenta��o da Lei Anticorrup��o ocorre num momento em que as �reas de compliance das empresas no Brasil n�o est�o totalmente estruturadas. Uma pesquisa da Deloitte mostra que executivos enfrentam desafios na implementa��o de pol�ticas anticorrup��o.

O levantamento realizado com 124 organiza��es, muitas delas do setor financeiro, ainda quando a Lei Anticorrup��o aguardava regulamenta��o - o que ocorreu na quinta-feira, 19, em decreto no Di�rio Oficial da Uni�o -, revela que apenas 20% das empresas declara ter uma pol�tica anticorrup��o formalizada e divulgada aos p�blicos interno e externo.

Normalmente, o investimento � de at� R$ 1 milh�o por ano dentre 76% das empresas pesquisadas, considerado baixo para uma estrutura de conformidade coerente com o tamanho da companhia, envolvendo pr�ticas de treinamento, recursos tecnol�gicos, atividades de monitoramento e canais de den�ncia. Em 18% dos casos, o investimento vai de R$ 1 milh�o a R$ 5 milh�es e 6% aplicam mais de R$ 5 milh�es em compliance.

O estudo intitulado "Lei Anticorrup��o - Um retrato das pr�ticas de compliance na era da empresa limpa" mostra que 57% dos executivos concordam que corrup��o � um custo intr�nseco na forma de se fazer neg�cios no Brasil. "A demanda da sociedade por maior transpar�ncia � irrevers�vel. As empresas e as institui��es ser�o cada vez mais cobradas neste sentido", afirma Camila Ara�jo, s�cia-l�der do Centro de Governan�a Corporativa da Deloitte. O F�rum Econ�mico Mundial calcula que o custo da corrup��o equivale a US$ 2,6 trilh�es por ano, ou em torno de 5% do Produto Interno Bruto global.

O documento defende que para que a Lei Anticorrup��o possa ser assimilada e disseminada na sociedade, o Brasil precisa avan�ar na quest�o educacional. "O esfor�o de forma��o e conscientiza��o da sociedade para uma cultura de �tica e responsabilidade deve ser constante e fazer parte de um panorama mais amplo, no qual a lei � mais uma entre as ferramentas fundamentais nesse processo", diz o estudo.

Na vis�o da Deloitte, o investimento em compliance deve ser encarado sob a perspectiva de preven��o, para inibir preju�zos. Na avalia��o de 38% das empresas, o dano de reputa��o � o maior impacto da descoberta de casos de corrup��o, seguido por a��es legais contra a companhia (23%) e perda financeira (17%).

Apenas 22% dos participantes da pesquisa s�o da �rea de compliance, o que indica que as empresas ainda est�o em processo de estrutura��o dessa fun��o, avalia a Deloitte. Das companhias participantes, 60% possuem um profissional dedicado a compliance.

A maioria dos gestores de compliance est� na companhia h� menos de cinco anos. Esse executivo costuma responder diretamente ao presidente da organiza��o e ao diretor Financeiro. E � desej�vel, como responderam 94% dos entrevistados, que o departamento de compliance tenha alto envolvimento nos processos de entrada em novos mercados e de fus�es e aquisi��es, por meio de due diligence. Por�m, 64% declararam que a �rea n�o tem envolvimento no desenvolvimento de novos neg�cios.

Outro desafio � o baixo n�mero de empresas que conta com um programa estruturado de de treinamento para o combate a corrup��o, tanto interna quanto externamente, pouco mais da metade. E como parceiros comerciais s�o um fator relevante de risco, a Deloitte pontua que "o alinhamento de pr�ticas de conduta e pol�ticas anticorrup��o � fundamental para a promo��o de uma cadeia de valor mais transparente".


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