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Estado de Minas

Lava-Jato e arrocho freiam obras e geram demiss�es


postado em 22/03/2015 09:01 / atualizado em 22/03/2015 10:07

A combina��o entre a Opera��o Lava Jato e o pacote de ajuste fiscal do Minist�rio da Fazenda, al�m de uma certa dose de burocracia e brigas contratuais, resultou em obras paradas ou em ritmo lento pelo Brasil. Uma sondagem feita pelo Estado, com sindicatos do setor de constru��o pesada, levantou quase 30 grandes projetos em ritmo extremamente lento e, muitos deles, com demiss�es em massa.

  S� nos primeiros dois meses deste ano foram fechadas 35.552 vagas no setor de constru��o civil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Minist�rio do Trabalho e Emprego. Se retroagir a setembro de 2014, quando as investiga��es da Opera��o Lava Jato se intensificaram, esse n�mero sobe para 241.580.

O Produto Interno Bruto (PIB) da constru��o civil, considerado um dos motores de crescimento do Pa�s, despencou 5,6% em 2014 e pode cair mais 5% neste ano, segundo c�lculos da GO Associados a pedido da Associa��o Paulista dos Empres�rios de Obras P�blicas (Apeop). A maior preocupa��o est� na continuidade dos atrasos de pagamentos do governo federal aos construtores.

A pr�tica come�ou no ano passado como instrumento para o governo fechar suas contas e foi mantida no in�cio deste ano com a demora na vota��o da Lei Or�ament�ria e por causa do ajuste fiscal proposto pela Fazenda. Em situa��o normal, as empresas at� conseguiriam suportar atrasos com empr�stimos banc�rios, afirma a Apeop. Mas, com o esc�ndalo de corrup��o nos contratos da Petrobr�s, os bancos se retra�ram e fecharam os cofres para novos cr�ditos �s empreiteiras. Sem dinheiro, as empresas optaram pelas demiss�es e mantiveram s� alguns poucos trabalhadores nos canteiros de obras para n�o terem os contratos rompidos.

Nessa situa��o est�o grandes projetos estruturantes como a transposi��o do Rio S�o Francisco, Ferrovia da Integra��o Oeste-Leste (Fiol), Cintur�o das �guas do Cear� e Rodoanel Norte de S�o Paulo, al�m dos grande projetos da Petrobr�s que est�o em ritmo lento. "O Brasil est� parado. As obras n�o avan�am", reclama o presidente do Instituto de Engenharia, Camil Eid.

O que era para ser oportunidade de desenvolvimento - j� que o governo apostava em grandes obras para turbinar o crescimento - virou pesadelo. "Nas cidades onde est�o grandes projetos, os pequenos empres�rios que investiram em restaurantes, hot�is e empresas de transporte est�o endividados e sem dinheiro para pagar os bancos", afirma Irailson Warneaux, do Sindicato dos Trabalhadores nas ind�strias da Constru��o da Bahia (Sintepav-BA).


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