A Standard & Poor’s (S&P) pode rebaixar a nota de cr�dito soberano do Brasil caso o pa�s se afaste do compromisso de ajustar as contas p�blicas, disse, ontem, Lisa Schineller, diretora de ratings soberanos para a Am�rica Latina da ag�ncia norte-americana de classifica��o de risco. Segundo ela, a execu��o de pol�ticas fiscais do Brasil ser� crucial para a manuten��o do grau de investimento, que considera o pa�s como um local de baixo risco para receber capitais externos.
Na segunda-feira, a S&P manteve a nota do Brasil em BBB-, com perspectiva est�vel, apesar do cen�rio desafiador da economia. Para justificar a decis�o, a ag�ncia informou confiar na continuidade do apoio da presidente Dilma Rousseff �s medidas de ajuste e � mudan�a de rumo na condu��o da pol�tica econ�mica no segundo mandato. A ag�ncia considerou tamb�m que o Congresso deve dar suporte ao programa fiscal conduzido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O governo se comprometeu neste ano a alcan�ar um super�vit prim�rio (economia para garantir o pagamento dos juros da d�vida) de R$ 66,3 bilh�es nas contas do setor p�blico consolidado – Uni�o, estados, munic�pios e empresas estatais –, o equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Lisa Schineller n�o disse se espera o cumprimento exato da meta, mas afirmou que vai analisar m�s a m�s a execu��o da meta e acompanhar de perto as discuss�es no parlamento.
Se perder o grau de investimento e passar a ser enquadrado na categoria de risco especulativo, o pa�s ter� que pagar juros mais altos para obter financiamentos, pois institui��es financeiras ajustam suas taxas de acordo com o perfil dos clientes. Al�m disso, ficaria privado de receber recursos de grandes fundos de investimento que s�o proibidos pelos seus estatutos de aplicar em pa�ses que n�o sejam considerados bons pagadores. Entre as grandes ag�ncias, al�m da S&P, o Brasil tem grau de investimento conferido pela Moody’s e pela Fitch.
Petrobras A S&P poder� revisar o rating da Petrobras, caso ela n�o consiga publicar seus resultados auditados at� o fim de abril, afirmou Lisa Schineller. Na segunda-feira, a ag�ncia manteve em BBB- a nota corporativa da estatal, mas colocou-a em perspectiva negativa. J� perfil de cr�dito individual da companhia foi rebaixado em um degrau, devido ao endividamento e � previs�o de menor gera��o de caixa da petroleira.