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Estado de Minas

Arrefecimento do consumo j� ocorre desde 2013, diz chefe de departamento do BC


postado em 25/03/2015 13:49 / atualizado em 25/03/2015 14:49

Em fevereiro, foi observada a primeira queda na margem do estoque de cr�dito com recursos livres para as fam�lias em um ano. De acordo com dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira, houve recuo do saldo de 0,3% em fevereiro ante janeiro, para R$ 784,1 bilh�es. Em fevereiro do ano passado, o estoque passou de R$ 747,2 bilh�es para R$ 745 bilh�es. "H� din�mica de arrefecimento no cr�dito ao consumo. Isso n�o � tend�ncia na margem, pois j� ocorre desde 2013", considerou o chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central, Tulio Maciel.

De acordo com ele, uma explica��o para esse desempenho � o mercado imobili�rio. "Houve desacelera��o e a tend�ncia � de continuidade de desacelera��o do cr�dito imobili�rio", considerou. Apesar disso, Maciel lembrou que, no geral, houve expans�o do estoque no m�s e que isso ocorre em ambiente de "plena estabilidade da inadimpl�ncia". O saldo total aumentou 0,1% no m�s passado, para R$ 1,567 trilh�o, quando � observado o segmento de recursos livres e 0,5% quando todo o sistema financeiro � avaliado.


Autom�veis

Segundo Maciel, o melhor retrato da retra��o do cr�dito para o consumidor pode ser visto no segmento de autom�veis. "H� din�mica de arrefecimento no cr�dito ao consumo j� h� algum tempo e o segmento mais emblem�tico � o de ve�culos, que voltou a recuar em fevereiro", salientou. "Concordo que temos modera��o no cr�dito para consumo", acrescentou.

O t�cnico observou que o arrefecimento da economia est� associado a esse movimento e que "boa parte" da renda est� alocada em financiamento para im�veis. O cr�dito imobili�rio cresceu mais de 50% em 2007 e 2008 e, desde ent�o, t�m sido registradas expans�es menores - at� pelo aumento da base de compara��o.

Em fevereiro, a alta desse segmento foi de 26,7%, considerada ainda expressiva, j� que est� "bem acima" do cr�dito total, de 23,4%. "A tend�ncia � de continuidade de desacelera��o do cr�dito imobili�rio, como � vista j� h� alguns anos", disse Maciel. Al�m disso, de acordo com o t�cnico, outro fator que influencia os dados � a pr�pria eleva��o do custo do cr�dito, com a eleva��o dos juros. "� a rea��o que se espera num ciclo de aperto monet�rio."

Em fevereiro, houve queda do estoque do cr�dito do cart�o � vista, mas Maciel salientou que trata-se de algo espec�fico para o m�s. "Diferentemente do segmento de ve�culos, que j� vem h� algum tempo", considerou. A baixa do estoque de cr�dito para cart�o � vista foi de 2,5% no m�s passado ante janeiro, para R$ 4,288 bilh�es. Em 12 meses at� fevereiro, � vista uma eleva��o de 4,9%. J� no caso de ve�culos, a contra��o no m�s passado foi de 1%, para R$ 181,940 bilh�es e, em 12 meses, a baixa � de 5,2%.

Juros

De acordo com Maciel, o juro do cr�dito livre para Pessoa F�sica, que ficou em 54,3% ao ano em fevereiro, � o mais alto da s�rie hist�rica do BC, iniciada em mar�o de 2011. Mais cedo, o Broadcast informou que a taxa m�dia geral de juros no cr�dito livre, que subiu de 39,1% ao ano em janeiro para 40,6% ao ano em fevereiro, tamb�m era o recorde da s�rie hist�rica.

"Em �ltima inst�ncia, alta de juro reflete o atual ciclo de aperto monet�rio", disse o t�cnico. Atualmente, a taxa b�sica de juros, a Selic, est� em 12,75% ao ano. Al�m disso, segundo Maciel, tamb�m reflete algum efeito de composi��o, j� que algumas taxas voltadas para o consumidor t�m crescido acima da m�dia.

Ele lembrou que, no passado, essas taxas chegaram a ser ainda mais elevadas. Em 2005, por exemplo, o juro para PF era superior a 60% e naquela ocasi�o o BC ainda n�o havia incorporado os juros do cart�o de cr�dito, que costumam ser os mais elevados do mercado.


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