At� ent�o, o maquin�rio utilizado em Minas era importado da It�lia. Segundo Nilton Oliveira, consultor no segmento e ex-presidente da Assoolive, enquanto uma m�quina importada de porte m�dio, capaz de processar 600 quilos de azeitona por hora, custa cerca de R$ 1 milh�o, a tecnologia nacional � adquirida por aproximadamente R$ 500 mil, metade do pre�o. “O equipamento nacional � mais uma promessa interessante para o setor”, diz Nilton, que acabou de instalar o primeiro equipamento nacional para extra��o do azeite de oliva em sua propriedade, em Barbacena, na Regi�o Central. Em 2008, o produtor Moacir Nascimento decidiu investir na cultura de azeitona em Catas Altas da Noruega, na Regi�o Central do Estado.
Atra�do pelas condi��es clim�ticas prop�cias da regi�o, Moacir aponta que a olivicultura permite boa rentabilidade em pequena escala. Atualmente, ele cultiva dois hectares e pretende expandir a �rea em mais tr�s hectares este ano. O produtor, que pretende chegar a uma produ��o de 800 a 1 mil litros de azeite por ano, importou da It�lia uma pequena m�quina ao custo de aproximadamente R$ 90 mil.
A extra��o do azeite em Minas tem sido feita de forma consorciada, com produtores alugando a m�quina. Esse � um investimento que Isabel Carneiro e Angela Duvivier, de Aiuroca, Sul do estado, pretendem come�ar a planejar. “Estamos extraindo o nosso azeite em Maria da F�. Diminuir essa dist�ncia seria muito bom para nossa produ��o”, comenta �ngela.
Chances maiores De uma forma geral, a olivicultura vem abrindo oportunidades. H� tr�s anos, Fabr�cio Salom�o, engenheiro-agr�nomo, tem se dedicado � consultoria para novos neg�cios. Ele tamb�m concorda que, por enquanto, a cultura tem atra�do produtores de maior porte capazes de bancar o investimento inicial, mas destaca o crescimento que a cultura vem alcan�ando e o seu potencial. “Esse � um mercado novo, promissor e que tem atra�do muitos produtores n�o convencionais”, diz. Ele explica que muitos investidores de outros ramos da economia est�o investindo na olivicultura. “O potencial para crescer � grande. A produ��o nacional ocupa apenas 0,069% do consumo. O restante � todo importado”, ressalta.
Segundo Salom�o, para os par�metros do Brasil, que s�o diferentes de pa�ses europeus, de grandes produtores, o cultivo de at� tr�s hectares � considerado de pequeno porte; at� 20, de m�dio porte, e acima desse percentual est� a grande escala. Fabr�cio lembra ainda que outro peso da produ��o s�o as m�quinas para colher as azeitonas, que custam cerca de R$ 1,5 mil. “A maioria da colheita no Sul de Minas � semi-mecanizada”, observa. O consultor explica que o agricultor pode pagar o investimento na m�quina j� a partir da terceira safra.