Sem a��o dos governos, o crescimento potencial dos pa�ses emergentes vai declinar nos pr�ximos anos e o dos pa�ses desenvolvidos ter� crescimento, mas em n�vel inferior ao que era no passado, afirmou o economista do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Davide Furceri, nesta ter�a-feira.
O padr�o de crescimento potencial dos pa�ses emergentes, que at� agora tem tido comportamento similar, pode nos pr�ximos anos ficar menos homog�neo, afirmou Furceri. "Olhando pra frente, devem ter fatores espec�ficos em algumas economias emergentes, como Brasil e R�ssia, que podem ser diferentes. Cada um dos pa�ses tem suas especificidades, como a China tentando rebalancear sua economia e outros pa�ses podem enfrentar outros desafios", disse.
Para estimular o crescimento potencial, quando um pa�s cresce sem gerar infla��o, a recomenda��o do FMI � a de que os governos, no caso dos pa�ses emergentes, melhorem a infraestrutura, para eliminar gargalos, e fa�am reformas importantes na economia, que melhorem o ambiente de neg�cios e estimulem os empres�rios a investir. "Aumentar o gasto em infraestrutura � um fator chave", disse Furceri.
O vice-chefe do departamento de pesquisa do FMI, Daniel Leigh, ressaltou ainda que o investimento privado tem ca�do nos pa�ses avan�ados e desenvolvidos e h� sinais de que est� contribuindo para reduzir o crescimento de longo prazo. A queda na crise de 2008 foi maior que em outros per�odos de recess�o e desde ent�o a tem havido pouca recupera��o, afirmou Leigh.
Para estimular o investimento privado, o economista ressalta que � essencial que os governos tenham um diagn�stico correto dos motivos que levam empres�rios a n�o investir. "Se o baixo investimento � apenas reflexo da fraca atividade econ�mica, ent�o medidas para estimular a atividade podem ser usadas", disse ele. Mas se for consequ�ncia de incerteza pol�tica e de fraquezas no sistema financeiro do pa�s, estes problemas precisam ser resolvidos antes.
O FMI prev� que depois de os emergentes apresentarem um crescimento potencial de 6,5% entre 2008/2014, a taxa deve cair para 5,2% entre 2015/2020. Nos pa�ses desenvolvidos a taxa deve subir de 1,3% de 2008/2014 para 1,6% entre 2015/2020. Mesmo com a melhora, o n�vel deve ser menor do que era antes da crise financeira mundial, quando os pa�ses desenvolvidos tinham expans�o potencial m�dia de 2,2%.