O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira, que, apesar do chamado "realismo tarif�rio" que vem sendo promovido pelo governo para realinhar as finan�as do setor de distribui��o de eletricidade, a tarifa de luz ainda cresce na m�dia abaixo da infla��o acumulada desde 2011.
"O IPCA acumula uma alta de 23,5% desde janeiro de 2011 e, mesmo com os reajustes nas tarifas at� agora neste ano, a cota de luz m�dia aumentou 21,5% no mesmo per�odo", afirmou, em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Minas e Energia da C�mara dos Deputados.
Em 27 de fevereiro, a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) aprovou uma revis�o extraordin�ria nas tarifas com impacto m�dio de 23,4% nas tarifas das distribuidoras de luz. Al�m disso, todas as companhias ainda ter�o seus reajustes anuais em 2015 conforme o cronograma normal do �rg�o regulador.
Usinas nucleares
Eduardo Braga defendeu novamente que o Brasil continue investindo na expans�o de seu parque gerador nuclear. Ele citou que o planejamento do governo para o setor prev� a constru��o de quatro usinas nucleares at� 2030 e outras oito at� 2050. "N�o seremos uma Alemanha, uma Fran�a ou um Jap�o em energia nuclear, mas n�o podemos abrir m�o da tecnologia em fun��o da seguran�a energ�tica e do custo dessa energia. Ela � muito mais barata", disse.
Braga repete nesta manh� a apresenta��o feita por ele na �ltima quarta-feira na Comiss�o de Infraestrutura do Senado. Ele voltou a dizer que a 13ª rodada de leil�o de explora��o de petr�leo e g�s deve ocorrer somente no �ltimo trimestre de 2015. Est� prevista a licita��o de �reas em terra e no mar, na camada p�s-sal.
O ministro tamb�m defendeu a aprova��o pelo Congresso Nacional do novo marco da minera��o e mostrou dados sobre a import�ncia do setor minerador para a pauta de exporta��es brasileiras. Ele ainda pontuou a import�ncia da atividade mineradora na obten��o de insumos para outros setores da economia, como a agricultura e a constru��o civil.
S�o Luiz do Tapaj�s
O ministro disse que o governo tentar� licitar a megausina de S�o Luiz do Tapaj�s, no Par�, no fim deste ano. "Esperamos conseguir todos as licen�as ambientais este ano e trabalhamos para fazer leil�o da usina de Tapaj�s em novembro ou dezembro", afirmou, em audi�ncia p�blica na Comiss�o de Minas e Energia da C�mara dos Deputados.
A maior hidrel�trica prevista para ser constru�da no Pa�s acumula mais de quatro anos de atraso em rela��o ao cronograma originalmente previsto. Desenhada para retirar 8.040 megawatts das �guas do Rio Tapaj�s, a usina tinha previs�o de iniciar suas opera��es em janeiro de 2016, segundo cronograma da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE).
Hoje, o prazo mais otimista joga essa data para agosto de 2020. Al�m da dificuldade no licenciamento ambiental, o projeto tamb�m enfrenta a oposi��o da Funai, por estar localizado em �rea de presen�a ind�gena.