O mercado global de min�rio de ferro est� em um momento de transi��o e em busca de um ponto de equil�brio, o que torna dif�cil fazer proje��es, avalia o diretor-executivo de finan�as da Vale, Luciano Siani.
"Agora tudo � adivinha��o. O fato de as pessoas estarem revendo proje��es a cada dia que passa � sinal de que ningu�m sabe nada, na minha opini�o", afirmou ao ser questionado sobre a redu��o das estimativas da Moody's para o pre�o da commodity, divulgada ontem.
O executivo reafirmou que a Vale est� revendo sua vis�o a partir da nova realidade do setor, sem dar n�meros. "A Vale est� se preparando para ser competitiva em qualquer cen�rio do min�rio de ferro", disse. Mais cedo, durante a apresenta��o dos resultados da empresa em 2014 na assembleia de acionistas, Siani reconheceu que o setor passa pelo fim de um ciclo de alta vivido entre 2002 e 2013 e que vive um momento de demanda estagnada.
Sobre a r�pida deteriora��o dos pre�os do min�rio de ferro, que j� batem a m�nima hist�rica, ele destacou que h� seis meses o cen�rio da Vale e de muitos analistas n�o contava com a forte queda do pre�o do barril de petr�leo e a deprecia��o das moedas de pa�ses produtores de min�rio em rela��o ao d�lar.
Ao reduzirem os custos de produ��o da commodity, ambos os fatores pressionam para baixo o pre�o do min�rio de ferro, uma vez que aumenta a chance de sobrevida de produtores menos competitivos no mercado. "Ningu�m anteviu a queda do pre�o do petr�leo nessa velocidade e a deprecia��o das moedas. Isso tem um impacto direto no pre�o do min�rio de ferro", ponderou.
Tradicionalmente, a produ��o e o crescimento da China t�m acelerado ao longo do ano, com maior aquecimento no segundo semestre. O mercado aguarda o que ocorrer� em 2015. "Acho que existe muita incerteza. Neste momento h� mais nervosismo porque as pessoas querem ver se esse comportamento vai se repetir ou n�o", comentou.