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Estado de Minas INFLA��O N�O D� TR�GUA

Pr�via do �ndice da infla��o oficial cai para 1,07% em abril, mas � maior taxa para o per�odo em 12 anos

No acumulado de 12 meses, IPCA-15 mostra alta de 8,22%. BC ter� que dar explica��es


postado em 18/04/2015 00:12 / atualizado em 18/04/2015 07:26

A infla��o n�o d� sinais de tr�gua. A pr�via do indicador oficial, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de abril, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), foi de 1,07%, com queda em rela��o a mar�o (1,24%), mas a maior j� registrada para o m�s desde abril de 2003 quando atingiu 1,14%. Mas a estat�stica ruim n�o acaba a�: o acumulado no ano (4,61%) j� � maior que a meta (4,5%) estabelecida para 2015 inteiro. Em 12 meses, a carestia chega a 8,22%. Na Grande Belo Horizonte, o indicador desacelerou de mar�o (1,16%) para abril (1,05%). No acumulado do ano, a alta foi de 7,47%, a maior desde outubro de 2011.

“Esse n�mero assustou todo mundo”, afirmou Samy Dana, professor de finan�as da Funda��o Getulio Vargas de S�o Paulo (FGV-SP). Ele diz que quando se reduz para a infla��o de pre�os administrados (como energia el�trica, �gua), a carestia sobe para 13%. Esse indicador, segundo ele, mostra um aumento de desigualdade social “porque os mais pobres n�o consomem menos �gua que os mais ricos”.

Apesar disso, o pr�prio governo, contudo, considera que a infla��o ficar� acima do planejado. Tanto que o projeto que trata da Lei de Diretrizes Or�ament�ria, a chamada LDO, prev� o indicador em 8,2%. A lei brasileira determina que o presidente do Banco Central escreva uma carta aberta ao ministro da Fazenda quando a infla��o encerre um ano acima do teto da meta, o que deve ocorrer este ano. O documento deve constar as explica��es que levaram o indicador a superar o �ndice planejado pelo governo.


A economista Ana Paula Bastos, da C�mara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH), acredita que Tombini vai citar o arrocho fiscal. A especialista avalia que um dos erros do governo foi n�o pensar uma pol�tica econ�mica de longo prazo. “N�o houve responsabilidade fiscal. Estamos pagando o pre�o da irresponsabilidade fiscal. Se n�o h� super�vit, como haver� reserva (para investimentos)?”, questiona. Dana acrescenta que os reajustes dos pre�os p�blicos s�o necess�rios para corrigir “todos os erros cometidos no passado”, mas lamenta que apesar de “entendermos que o momento � dif�cil, n�o vemos os gastos p�blicos diminu�rem. Isso � o que incomoda”, reclama.

Na tomada O principal grupo que empurrou o �ndice para o alto veio de despesas com habita��o, que teve infla��o de 3,66%. Entre os itens que influenciaram essa subida de pre�os est�o a energia el�trica (13,02%), �gua e esgoto (1,05%), artigos de limpeza (0,93%) e condom�nio (0,87%).

“Individualmente, com 0,45 ponto percentual, coube a energia el�trica a lideran�a no ranking dos principais impactos. A forte eleva��o de 13,02% ocorrida nas contas refletiu reajustes que passaram a vigorar a partir de 2 de mar�o, tanto na bandeira tarif�ria vigente (vermelha) – que aumentou 83,33% ao passar de R$ 3 para R$ 5,50 – quanto nas tarifas, com a ocorr�ncia de reajustes extraordin�rios”, informou o relat�rio do IBGE.

Adriana Molinari, economista da Tend�ncias Consultoria, avalia que os pre�os de energia, come�ar�o a cair � partir de agora mas, mesmo assim, pesar�o bastante at� o final do primeiro trimestre de 2016. “A maioria das distribuidoras j� reajustou, o impacto maior j� foi, mas o efeito continua na composi��o de 12 meses”.

Os alimentos e bebidas tiveram infla��o de 1,04%, sendo o segundo principal respons�vel pelo IPCA-15 de abril. Entre os produtos que tiveram os maiores aumentos de pre�os est�o a cebola (6,72%), alho (6,61%), ovos (5,49%) e leite (4,96%).

O �nico grupo de despesas que teve queda de pre�os (defla��o) foi comunica��o (-0,3%). Os demais grupos tiveram as seguintes taxas de infla��o: vestu�rio (0,94%), artigos de resid�ncia (0,68%), despesas pessoais (0,57%), sa�de e cuidados pessoais (0,44%), transportes (0,33%) e educa��o (0,14%).


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