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Estado de Minas

Petrobras j� deve R$ 79 bilh�es para os bancos p�blicos


postado em 21/04/2015 08:01 / atualizado em 21/04/2015 16:51

Com a nova rodada de empr�stimos anunciados na �ltima sexta-feira, os recursos de bancos p�blicos comprometidos com a Petrobras poder� chegar a R$ 79 bilh�es. Segundo estimativa da ag�ncia de classifica��o de risco Moody’s, esse valor encerrou 2014 em US$ 27 bilh�es, ou R$ 72,5 bilh�es pelo c�mbio da �poca. O total subir� com os R$ 6,5 bilh�es conseguidos pela estatal com Banco do Brasil (BB) e Caixa. O Bradesco emprestou outros R$ 3 bilh�es, como a Petrobras informou no final da semana passada, ap�s a Bolsa fechar.

O montante comprometido considera o valor de exposi��o - o quanto um banco ainda tem a receber de um cliente, ou seja, o valor total contratado no financiamento, descontando o que j� foi pago. Esse indicador � o que importa para a sa�de financeira dos bancos e o risco de perdas com inadimpl�ncia.


Em novembro, a consultoria PricewaterhouseCoopers recusou-se a auditar o balan�o financeiro do terceiro trimestre de 2014 da Petrobras e, desde ent�o, a companhia n�o tem dados auditados. Mesmo com os atrasos no balan�o, os bancos toparam assumir o risco dos empr�stimos � estatal.

Para Jo�o Augusto Salles, analista especializado no setor banc�rio da consultoria Lopes Filho, “causa estranheza” no mercado os empr�stimos serem aprovados antes da divulga��o do balan�o da Petrobras - a companhia prometeu apresentar amanh� os dados de 2014 com aval de auditoria independente.

“Foi uma decis�o pol�tica”, comentou Salles, para quem os bancos poderiam ter esperado para aprovar os financiamentos ap�s a divulga��o do balan�o, principal fonte de dados para os bancos analisarem riscos e decidirem emprestar. “A coisa deveria ser feita de forma mais t�cnica”, completou.

Uma fonte ligada aos bancos p�blicos ouvida pelo Estado informou que pelo menos uma das opera��es estava em negocia��o “h� meses”. “Esse tipo de negocia��o sempre come�a tr�s ou quatro meses antes, com uma s�rie de bancos concorrendo”, disse, sob condi��o de anonimato, destacando que coube � Petrobras divulgar os novos empr�stimos antes da apresenta��o do balan�o. Do ponto de vista do risco de cr�dito, segundo Salles, a possibilidade de um calote n�o � o maior problema de emprestar para a Petrobras.

Lava-Jato

Apesar das dificuldades (por causa da Opera��o Lava-Jato, da queda na cota��o internacional do petr�leo e da alta do d�lar), a estatal � boa geradora de caixa e, em �ltimo caso, antes de dar calote, pode ser socorrida pelo Tesouro Nacional. Outro analista especializado no setor banc�rio concorda com a an�lise.

Esse profissional, que n�o quis ter o nome divulgado, destacou, por sua vez, que os t�cnicos dos bancos recebem balancetes mensais dos clientes que pedem cr�dito e, por isso, t�m informa��es mais atualizadas do que os balan�os trimestrais, olhados pelos analistas de mercado que avaliam as companhias para recomendar - ou n�o - o investimento em a��es.

Cruzando estimativas da Moody’s e de analistas do banco UBS, os R$ 72,5 bilh�es comprometidos com a Petrobras pelos bancos p�blicos seriam divididos em R$ 41,7 bilh�es do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), R$ 19,5 bilh�es do BB e R$ 11,3 bilh�es da Caixa, como revelou em mar�o o Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado. Com os empr�stimos de sexta-feira, os valores subiriam para R$ 24 bilh�es (BB) e R$ 13,3 bilh�es (Caixa).

Procurados, o Bradesco e a Caixa n�o comentaram as concess�es dos empr�stimos. O BB informou, por meio da assessoria de imprensa, que a opera��o de sexta-feira “atende a todos os requisitos da pol�tica de cr�dito do banco e est� adequada aos limites definidos para a empresa e para o setor”. As informa��es s�o do jornal O Estado de S.Paulo.


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