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Estado de Minas

D�vida da Petrobras cresce e bate recorde


postado em 23/04/2015 08:01 / atualizado em 23/04/2015 08:45

O endividamento total da Petrobras aumentou 31% em 2014 e atingiu R$ 351 bilh�es, um recorde no setor de petr�leo mundial. O presidente da companhia, Aldemir Bendine, reconheceu que a delicada situa��o da estatal � o "desafio central" para a retomada do crescimento. Outro indicador que aponta a capacidade da empresa de pagar suas d�vidas, a alavancagem subiu 36% na compara��o com 2013, expondo a urg�ncia da estatal em conseguir novos recursos.

A alavancagem � medida pela rela��o entre o total de endividamento l�quido e a sua capacidade de gera��o de caixa (Ebtida) para pagar o que deve. Nesse indicador, a estatal ultrapassou a marca de 4,7 vezes. Um n�vel considerado adequado pela pr�pria estatal, por meio de seu conselho de administra��o, seria de 2,5 vezes. Para efeito de compara��o, a Exxon, maior petroleira do mundo, registrou alavancagem de 0,48 em 2014.


"A companhia passou por um per�odo de dificuldade onde foi a mais prejudicada. Hoje, a gest�o de d�vidas � um dos desafios centrais da Petrobras. Passada a limpo, retomar� a capacidade enorme de gera��o de valor para os acionistas e toda a sociedade brasileira", afirmou Bendine. Segundo a estatal, a alta no endividamento se deve a uma deprecia��o cambial de 13,4%.

A viabilidade do pagamento das d�vidas da companhia est� ligada ao prazo contratado. De acordo com o balan�o, nos pr�ximos tr�s anos, a companhia dever� amortizar cerca de R$ 45 bilh�es por ano. Nos anos seguintes, o n�vel se elevar� at� atingir o volume de R$ 208 bilh�es em 2020.

Esses prazos est�o relacionados � expectativa da companhia de aumentar sua produ��o. De acordo com o �ltimo Plano de Neg�cios, de 2014, a estatal prev� dobrar a produ��o atual, de 2,6 milh�es de barris por dia para 4 milh�es de barris. Ontem, a diretoria informou que est� revisando o Plano de Neg�cios, para par�metros mais realistas, de acordo com o atual cen�rio mundial.

Piora


A situa��o da Petrobras come�ou a se deteriorar a partir de 2010, quando adotou uma pol�tica de pre�os de combust�veis ajustadas � pol�tica macroecon�mica do governo. Por tr�s anos, a companhia represou reajustes de pre�os e sacrificou seu caixa para evitar uma alta da infla��o. A estatal estima que as perdas chegaram a R$ 80 bilh�es no per�odo.

Segundo os dados divulgados ontem, o endividamento l�quido da companhia ficou em R$ 282 bilh�es, descontadas as disponibilidades de caixa e financiamentos contratados no �ltimo ano. Mesmo com esses descontos, a Petrobr�s ampliou em 27% seu endividamento.

A alavancagem � um dos itens fundamentais na an�lise da seguran�a financeira da companhia para as ag�ncias de classifica��o de risco, por exemplo. A Moody’s atribuiu � fragilidade do indicador o motivo de retirar da empresa, em fevereiro, a nota de grau de investimento. Essa nota indica aos investidores que a empresa representa um risco muito baixo. As outras duas ag�ncias globais, a Standard & Poor’s (S&P) e a Fitch sinalizaram que poderiam tamb�m rebaixar a Petrobr�s.

Diante do grande desafio, Bendine informou que vai detalhar as estrat�gias para reduzir o endividamento no Plano de Neg�cios e Gest�o para os pr�ximos cinco anos, em um prazo estimado de 30 dias. Segundo ele, ser� preciso "controlar a ansiedade para entender a companhia daqui para frente".

"A melhora do endividamento se dar� com a melhor gera��o de caixa, com a nossa financiabilidade. J� demonstramos que temos credibilidade com os organismos financeiros, como os recentes financiamentos obtidos. E se houver demanda com nosso plano de desinvestimentos", afirmou.


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