A contra��o da economia e as desonera��es tribut�rias fizeram a arrecada��o federal ficar praticamente estagnada em mar�o. No m�s passado, as receitas da Uni�o somaram R$ 94,112 bilh�es, alta de apenas 0,48% em rela��o ao mesmo m�s de 2014 descontada a infla��o oficial pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA).
Apesar do leve crescimento, a arrecada��o federal continua em queda no acumulado do ano. De janeiro a mar�o, o governo arrecadou R$ 309,376 bilh�es, valor 2,03% menor que o registrado no primeiro trimestre de 2014 tamb�m descontado o IPCA. Para o primeiro trimestre, o resultado, em valores corrigidos pela infla��o oficial, � o pior desde 2011.
Segundo a Receita Federal, o principal fator que contribuiu para a queda real da arrecada��o nos tr�s primeiros meses do ano foi o fraco desempenho da economia. A queda da produ��o, do consumo e da lucratividade das empresas fez o Fisco arrecadar menos.
Afetada pela queda de 5,71% na produ��o industrial, a arrecada��o de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado sobre os produtos nacionais caiu 7,02% no primeiro trimestre considerando o IPCA. A queda de 5,42% nas vendas de bens e servi�os fez a arrecada��o do Programa de Integra��o Social (PIS) e da Contribui��o para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) cair 4,3% descontada a infla��o. Por incidirem sobre o faturamento das empresas, os dois tributos refletem o consumo.
Apesar do crescimento de 7,4% na massa salarial de janeiro a mar�o, a arrecada��o da contribui��o previdenci�ria acumula queda real (considerando a infla��o) de 2,84% em 2015. A retra��o ocorre por causa da desonera��o da folha de pagamento, que faz a Previd�ncia Social arrecadar R$ 5,6 bilh�es a menos nos tr�s primeiros meses do ano em rela��o ao mesmo per�odo de 2014.