Na contram�o da infla��o geral, que desacelerou em abril, os pre�os de servi�os voltaram a ganhar for�a no m�s passado. A alta foi de 0,72%, ante eleva��o de 0,58% em mar�o, segundo o IBGE. As passagens a�reas ficaram 10,21% mais caras, mas n�o foram as �nicas a onerar o bolso dos consumidores. Gastos com alimenta��o fora do domic�lio, aluguel, condom�nio, mudan�a, psic�logo e pintura de ve�culo tamb�m pressionaram o or�amento das fam�lias em abril.
Em 12 meses, a infla��o de servi�os avan�ou 8,32% at� o m�s passado. O patamar ainda � elevado, segundo economistas, mas a diferen�a para a infla��o m�dia no Pa�s diminuiu. Isso porque os pre�os administrados t�m protagonizado aumentos relevantes no �ltimo ano - principalmente a energia el�trica. Em 2014, a infla��o de servi�os fechou em 8,32%, ante 6,41% no IPCA geral, porque o �ndice de monitorados subiu bem menos do que a m�dia de pre�os.
A perspectiva ruim para o mercado de trabalho e a chance de haver queda na renda dos trabalhadores devem dar tr�gua � infla��o de servi�os no curto prazo. Para este ano, a alta deve ficar na casa de 8%, estimou Alfredo Binnie, economista-chefe da Kapitalo Investimentos. “Esperamos que desacelere, por causa do desaquecimento do mercado (de trabalho). No entanto, isso n�o se dar� de imediato. A infla��o de servi�os ainda deve ficar resistente e fechar o ano acima de 8%, o que � alto.”
O economista-chefe do Besi Brasil, Fl�vio Serrano, por�m, espera que o crescimento da taxa de desemprego j� resulte em efeitos sobre a infla��o do segmento at� o final do ano. “Esperamos que essa press�o seja amenizada”, disse.