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Estado de Minas

Juro n�o � suficiente para investidores, diz Morgan Stanley


postado em 09/05/2015 10:37 / atualizado em 09/05/2015 11:48

O juro alto n�o ser� suficiente para atrair investidores estrangeiros para o Brasil e, por isso, o real retomar� a trajet�ria de desvaloriza��o em breve. A previs�o � do chefe de estrat�gia de c�mbio do banco Morgan Stanley na Europa, Ian Stannard. "O real brasileiro � uma das moedas que enfrenta o desafio do duplo d�ficit (saldo negativo nas contas externas e no resultado fiscal) e tamb�m do d�lar forte", disse.

O Morgan Stanley entende que mesmo com a taxa Selic em trajet�ria ascendente e o espa�o ainda maior para o carry trade no Brasil, o estrangeiro ainda est� preocupado com o quadro dom�stico e os efeitos da esperada alta do juro nos Estados Unidos. "O elevado carry trade n�o ser� suficiente para evitar que a moeda se deprecie", disse. "Os riscos, particularmente aqueles que colocam em perigo o ajuste fiscal e o grau de investimento, podem ser mais relevantes para os investidores", completou Stannard nessa semana.

Carry trade

� a opera��o em que se aproveita a diferen�a de juros entre duas economias para lucrar. Nessa opera��o, o investidor toma empr�stimo em uma regi�o com taxa reduzida - como na Europa - e investe em um pa�s que oferece retorno elevado - como o Brasil.


Com o efeito limitado do carry trade sobre a moeda brasileira, o Morgan Stanley prev� que o real voltar� a se enfraquecer de maneira mais evidente nas pr�ximas semanas. Para o banco, o d�lar deve sair do atual patamar em torno de R$ 3,10 em dire��o a R$ 3,30 no fim de junho e atingir� R$ 3,65 no fim do ano. Em 2016, a trajet�ria de desvaloriza��o continua e o d�lar deve chegar a R$ 3,80 no fim de dezembro do pr�ximo ano, prev� a equipe de Ian Stannard.

Queda sistem�tica

Um dos argumentos da equipe do Morgan Stanley � o de que o real brasileiro registrou "desvaloriza��o sistem�tica" em 2014 a despeito de o Brasil j� oferecer no ano passado um dos retornos mais elevados entre as economias emergentes. "O carry trade permanece como um dos mais altos entre os emergentes, mas o suporte para o real � limitado devido ao fato de que o juro alto � principalmente resultado da alta infla��o e n�o � consistente com a din�mica de crescimento econ�mico", dizem os analistas da equipe de Stannard.

Al�m do quadro dom�stico fr�gil citado, o Morgan Stanley alerta que a expectativa de aumento do juro nos Estados Unidos vai afetar o fluxo global de capitais, em especial para pa�ses com mais vulnerabilidades - caso do Brasil. "A incerteza relacionada ao momento e ao ritmo da pol�tica monet�ria dos Estados Unidos tamb�m geram volatilidade elevada e mina o apoio para o carry trade ", diz a equipe do Morgan Stanley. Com a perspectiva de maior retorno dos investimentos em renda fixa nos EUA e sem uma solu��o r�pida para os problemas dom�sticos, Ian Stannard alerta que vai diminuir o apetite do mercado em financiar o Brasil.

"Os riscos podem afetar o apetite dos estrangeiros em financiar o ainda grande d�ficit em conta corrente e o elevado endividamento do setor privado", disse. Ap�s listar tantos pontos negativos, a equipe de c�mbio do Morgan Stanley reconhece que h� um ponto positivo no desenvolvimento recente da economia brasileira. "Com a pol�tica fiscal e monet�ria agora como principais instrumentos para reduzir a infla��o, a pol�tica de c�mbio mudou para permitir maior flexibilidade das cota��es e para que o c�mbio possa ser ajustado e absorva choques externos".


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