Em um dia marcado pelas amea�as de calote da d�vida, pela Gr�cia, e pelas vota��es das medidas de ajuste fiscal no Brasil, o d�lar disparou e fechou no maior valor em quase dois meses. O d�lar comercial encerrou esta ter�a-feira vendido a R$ 3,15, com alta de R$ 0,052 (1,68%). A cota��o � a mais alta desde 1º de abril, quando a divisa havia fechado a R$ 3,172.
A cota��o come�ou o dia em torno de R$ 3,12. Ap�s as 11h, no entanto, come�ou a subir fortemente. Na m�xima do dia, por volta das 16h20, o d�lar atingiu R$ 3,153. Em maio, a moeda norte-americana subiu 4,54%. No ano, a alta acumula 18,5%.
Indicadores divulgados hoje mostram o aumento dos investimentos privados nos Estados Unidos pelo segundo m�s seguido. O dado refor�a a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, aumente os juros da maior economia do planeta neste ano. Juros mais altos nos pa�ses desenvolvidos diminuem o fluxo de capitais para pa�ses emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cota��o do d�lar.
A perspectiva de que a Gr�cia n�o consiga pagar as parcelas do resgate econ�mico ao Fundo Monet�rio Internacional (FMI) contribuiu para a instabilidade. No pr�ximo dia 5, o pa�s ter� de pagar uma parcela de 300 milh�es de euros aos credores. Ao longo de junho vencem mais 1,3 bilh�o de euros do pacote de ajuda.
No Brasil, o d�lar subiu no dia em que o Senado come�a a votar as medidas provis�rias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e �s pens�es por morte. Inicialmente, o governo estimava economizar R$ 16 bilh�es apenas com o seguro-desemprego e o abono, mas a economia caiu para R$ 5 bilh�es ap�s as negocia��es com os senadores.
