Buf� fecha as portas e deixa noivas sem festa

Mais um tradicional buf� de Belo Horizonte fechou as portas deixando de honrar pelo menos dez contratos. Nas redes sociais, a clientela do Buffet Cl�o Perrella, com sede no Bairro Cai�ara, a maioria composta por noivas, compartilham os calotes para tentar reaver o preju�zo. Os clientes que t�m casamentos e festas pagas se surpreenderam nos �ltimos dias com o buf� fechado e sem funcion�rios para prestar esclarecimentos. O site foi retirado do ar e a p�gina da empresa no Facebook � alvo de den�ncias e reclama��es.

H� cerca de um m�s, o Estado de Minas entrou em contato com a propriet�ria do buf�, Cl�o Perrella, que admitiu passar por um per�odo de dificuldades, mas afirmou que honraria com todos os contratos j� firmados. Na manh� desta quarta-feira, a reportagem tentou novo contato por telefone, mas ningu�m atendeu as liga��es.

Mem�ria Em maio do ano passado, centenas de clientes do buf� Tereza Cavalcanti, tamb�m na capital, foram surpreendidos com a empresa fechada �s v�speras de casamentos e festas. Pelo menos 400 pessoas foram prejudicadas pelo grupo, que inclui ainda as empresas Buffet Maria Fernanda e Galaxy Eventos. Um ano depois, as v�timas, em sua maioria noivos, debutantes e formandos � �poca da fal�ncia, ainda n�o receberam o valor investido de volta ou foram indenizadas. No site do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) h� mais de 250 processos envolvendo o nome do grupo.

Dicas Segundo especialistas, planejar com anteced�ncia � a sugest�o para quem quer sucesso. Conhecer a hist�ria e a tradi��o da empresa, e n�o s� considerar apenas o pre�o do servi�o tamb�m � uma orienta��o importante. “� preciso desconfiar de or�amentos com valores muitos baixos", alerta o presidente do Sindicato dos Buf�s de Belo Horizonte e Regi�o Metropolitana (Sindbuf�) Jo�o Teixeira Filho.

Exigir que a empresa apresente, antes de fechar o evento, o contrato de servi�o, o contrato social, o alvar� de localiza��o e funcionamento, o alvar� sanit�rio, a inscri��o estadual e a inscri��o municipal permite consulta de poss�veis den�ncias e queixas sobre a empresa. “A falta de alguns desses documentos, como o alvar� sanit�rio, pode indicar que o buf� n�o tem produ��o pr�pria, o que n�o � ilegal, mas cabe ao contratante questionar a origem dos produtos, que dever� ser de uma empresa devidamente legalizada”, observa o presidente do Sindbuf�.

Outra recomenda��o importante � sobre o envolvimento do dono da festa com o evento. N�o contrate por meio de terceiros. “Participe da negocia��o. � preciso conhecer cada detalhe do trabalho. Delegar a fun��o a outra pessoa pode resultar em frusta��es futuras. Estar envolvido na contrata��o tamb�m garante que o buf� contratado tenha a oportunidade de perceber melhor a expectativa do cliente, que vai indicar o melhor servi�o que vai atender o sonho do cliente com excel�ncia”, garante.

Assista a reportagem da TV Alterosa