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Estado de Minas

Crise econ�mica no Brasil deve fechar 1 milh�o de vagas at� o fim do ano

Encolhimento estimado � s� para 2015 e deve ser agravado no segundo semestre. Em cinco meses, foram 243.948 dispensados


postado em 28/06/2015 06:00 / atualizado em 28/06/2015 07:46

Trabalhadores procuram oportunidades de emprego no Sine BH(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Trabalhadores procuram oportunidades de emprego no Sine BH (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)

A recess�o econ�mica bateu em cheio no mercado de trabalho e a gera��o de empregos dos �ltimos anos deu lugar a demiss�es em massa. No primeiro mandato da presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, 4,9 milh�es de postos formais foram criados, mas nos cinco primeiros meses deste ano, 243.948 pessoas j� foram dispensadas, segundo dados Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE). Os analistas temem uma acelera��o do n�vel de desemprego a partir de junho, o que resultaria no fechamento de 1 milh�o de vagas com carteira assinada at� dezembro. H� quem aposte que a taxa de desocupa��o ultrapassar� os 10% em 2016. Para piorar, o rendimento m�dio real dos assalariados tamb�m est� em queda. Esse processo derrubar� ainda mais a popularidade da chefe do Executivo, que j� tem um �ndice de rejei��o de 65%.

Das 27 unidades da Federa��o, em 19 o n�mero de dispensas supera as contrata��es. E essa situa��o se agravar� nos pr�ximos meses. Nas regi�es Norte, Nordeste e Sudeste, 314.870 vagas formais desapareceram. Com o baixo n�vel de confian�a dos empres�rios, n�o h� expectativa para reposi��o dos postos de trabalho nessas localidades pelo menos at� o fim do pr�ximo ano.

Nos tr�s estados do Sul, a gera��o de empregos ainda supera os desligamentos quando analisados os resultados acumulados nos cinco primeiros meses do ano. A agropecu�ria e o setor de servi�os s�o os que mais empregam. Mas, em abril e maio, o ritmo de demiss�es cresceu e j� supera as contra��es no Paran�, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. No Centro-Oeste, o Distrito Federal � a �nica localidade em que o fechamento de postos formais � maior do que o n�mero de contrata��es. A constru��o civil � o segmento que mais dispensa, seguido pelo com�rcio e pelo setor de servi�os.

Em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso, o mercado de trabalho tem oscilado entre meses de mais dispensas ou mais admiss�es. As contrata��es do agroneg�cio e do setor de servi�os ainda mant�m o saldo l�quido positivo. Goi�s gerou empregos entre fevereiro e maio, mas o ritmo de abertura de vagas arrefeceu nos dois �ltimos meses do per�odo analisado.

DETERIORA��O
Para Rodolfo Peres Torelly, ex-diretor do Departamento de Emprego e Sal�rio do Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE) e consultor do portal Trabalho Hoje, o fechamento de postos formais chegar� a 1 milh�o at� dezembro. Segundo ele, o per�odo de maior contrata��o ocorre entre maio e setembro porque as empresas come�am a preparar a produ��o para as festas de fim de ano. Al�m disso, o ritmo de presta��o de servi�os e de vendas do com�rcio tamb�m aumenta, ap�s os consumidores pagarem os tributos, concentrados nos quatro primeiros meses do ano. Entretanto o ritmo de admiss�es n�o aumentou e 115.599 assalariados com carteira assinada foram dispensados em maio.

Torelly comenta que o ambiente de recess�o, com expectativas de encolhimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), de infla��o em 9%, que corr�i a renda dos trabalhadores, e com a expectativa de alta de juros, que torna mais caro o custo do dinheiro, os empres�rios n�o querem investir e fazer contrata��es. “Todos os indicadores apontam que o desemprego aumentar� e, para piorar, os com carteira assinada v�o diminuir significativamente”, disse.


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