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Estado de Minas

Pnad Cont�nua mostra intensifica��o no processo de alta do desemprego, diz IBGE


postado em 09/07/2015 12:49 / atualizado em 09/07/2015 13:54

A alta de 18,4% na popula��o desocupada no trimestre at� maio ante igual per�odo de 2014 � a maior da s�rie hist�rica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) Cont�nua, apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). "H� uma intensifica��o do processo de aumento da desocupa��o", notou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do �rg�o.

"� um sinal de dificuldade do mercado de trabalho", acrescentou Azeredo. Segundo ele, as pessoas est�o procurando trabalho, mas n�o est�o conseguindo. Embora ainda haja gera��o de vagas na compara��o interanual, o resultado do trimestre at� maio (+297 mil vagas ante igual per�odo de 2014) foi o menor da s�rie da pesquisa.


"A renda tamb�m vinha tendo movimento de alta, e agora apresenta perdas", disse o coordenador.

Segundo ele, a estabilidade do mercado de trabalho brasileiro est� se desfazendo, sendo o principal sinal a queda no emprego com carteira assinada. Em um ano at� o trimestre encerrado em maio de 2015, 708 mil pessoas deixaram de ser trabalhadores formais no setor privado.

"A pesquisa mostra n�o s� perda da carteira de trabalho. � queda no emprego. E sabemos que perder carteira de trabalho � perder estabilidade", disse Azeredo. "Mais pessoas buscam trabalho diante da estabilidade que est� se desfazendo", acrescentou.

Conforme o coordenador do IBGE, o cen�rio � semelhante �quele visto entre 2003 e 2004. "Em momentos em que voc� v� essa taxa de desocupa��o maior, rendimento desacelerando, a tend�ncia � as pessoas buscarem o mercado de trabalho, at� para poderem voltar a atingir uma estabilidade. Estudantes, donas de casa que antes estavam for�a da for�a voltam", disse.

No trimestre at� maio deste ano, o n�mero de desocupados atingiu 8,157 milh�es, o maior contingente j� observado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) Cont�nua. Enquanto isso, o crescimento da popula��o inativa foi de 1,4% sobre igual per�odo de 2014, um dos menores j� registrados. Na compara��o com os tr�s meses at� fevereiro, j� houve inclusive uma queda de 0,5% no n�mero de pessoas fora da for�a de trabalho.

"Os trabalhadores formais ainda contam com uma rede de prote��o, com FGTS, seguro-desemprego. Mas essa rede de prote��o tem um tempo de dura��o, ent�o a perda de estabilidade do trabalhador acaba afetando", explicou Azeredo.

Conta pr�pria

A desacelera��o no mercado do trabalho tem levado alguns brasileiros a buscar outras sa�das que n�o seja sair por a� distribuindo curr�culos. Com isso, o n�mero de trabalhadores por conta pr�pria e tamb�m de empregadores tem aumentado de forma significativa no �ltimo ano, segundo dados da Pnad Cont�nua divulgados nesta quinta (9) pelo IBGE.

O n�mero de desempregados atingiu um recorde de 8,157 milh�es no trimestre encerrado em maio de 2015. Mas o n�mero poderia ser maior caso esses brasileiros n�o tivessem um "plano B".

Na compara��o com o trimestre at� maio de 2014, o emprego por conta pr�pria aumentou 4,4%. Isso significa 934 mil pessoas a mais nessa condi��o, que inclui desde um profissional aut�nomo com perfil mais t�cnico at� o vendedor ambulante. Os empregadores, por sua vez, cresceram 8,1% no per�odo, um acr�scimo de 299 mil pessoas.

"A pesquisa mostra um cen�rio econ�mico que n�o est� permitindo gera��o de vagas a ponto de suprir a demanda por emprego. Ent�o, o desemprego est� subindo", explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. "Com a redu��o no emprego, aumentou o n�mero de trabalhadores inseridos como empregador e conta pr�pria."

� muito prov�vel, apontou Azeredo, que esse contingente venha de empregos anteriores no setor privado, com ou sem carteira. Em um ano, o emprego formal recuou 1,9%, uma perda de 708 mil vagas. J� o trabalho sem carteira recuou 3,0%, com 310 mil pessoas a menos.

"Nesse momento, ainda h� uma rede de prote��o para os empregados com carteira (FGTS, seguro-desemprego), mas os empregados sem carteira n�o t�m essa rede de prote��o. � da� que vem esse aumento forte de empregadores e de conta pr�pria", disse o coordenador. "Para compor renda domiciliar, mais pessoas acabam buscando emprego. Al�m disso, h� uma menor qualidade do emprego, considerando a queda da carteira assinada."


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