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Estado de Minas

Ag�ncias de emprego encolhem


postado em 14/07/2015 09:01 / atualizado em 14/07/2015 09:31

S�o Paulo - O salto no desemprego, que atinge mais de 8 milh�es de trabalhadores no pa�s, e que, � primeira vista, poderia ser favor�vel �s ag�ncias de emprego, na pr�tica, n�o est� se confirmando. Diante da menor oferta de vagas e da maior exig�ncia das poucas empresas contratantes em busca de trabalhadores mais qualificados, mas por um sal�rio bem menor, as ag�ncias t�m dificuldades para recolocar os profissionais.

Para se adequar aos tempos de crise, tamb�m as ag�ncias de empregos est�o fazendo ajustes. H� aquelas que deslocaram recrutadores de �reas menos ativas, como ind�stria, para com�rcio e servi�os, que t�m algum f�lego nas contrata��es por conta de trabalhos tempor�rios. Outras optaram por fechar filiais que n�o davam lucro.

"Eu ganho dinheiro empregando pessoas. Se n�o tem vaga, como posso ganhar dinheiro", questiona Vera Freitas, s�cia da ag�ncia de empregos Vero RH. No fim de 2014, a empresa fechou a filial e concentrou os neg�cios na matriz. Ela conta que a ag�ncia vem registrando o encolhimento do mercado h� algum tempo. Hoje o n�mero de vagas � 50% menor em rela��o a 2014. Em contrapartida, houve um aumento tamb�m de 50% no n�mero de candidatos.

Vera ilustra a redu��o do mercado de trabalho com o movimento feito por um grupo de concession�rias de ve�culos, que � seu cliente. O �ltimo pedido de contrata��o do grupo ocorreu ap�s o 1º turno das elei��es, mas, logo depois do 2º turno, o pedido foi cancelado.

A s�cia da ag�ncia observa que, al�m de o n�mero de vagas ter diminu�do, as empresas, que ainda contratam, demandam profissionais mais qualificados, mas querem pagar menos. Isso dificulta o trabalho de recoloca��o. "Eles querem uma Brastemp, mas por pre�o de uma Enxuta", compara Vera, fazendo alus�o �s marcas de lavadoras de qualidade reconhecida e de pre�o mais baixo, respectivamente. Um ano atr�s, por exemplo, pagava-se R$ 4 mil para uma secret�ria. Hoje a oferta � R$ 2,5 mil para a mesma vaga.

A queda nos sal�rios oferecidos pelas empresas que contratam � confirmada por Angela Queir�z, coordenadora de RH da ag�ncia de empregos NVH. Ela diz que o menor valor oferecido, em m�dia, no ano passado era R$ 880. Neste ano, a oferta gira em torno do sal�rio m�nimo, que � de R$ 780.

A ag�ncia tamb�m registrou um aumento no n�mero de curr�culos recebidos diariamente. Atualmente s�o 400, ante 300 um ano atr�s. Com a queda do emprego na ind�stria, a ag�ncia, que tem tr�s escrit�rios, realocou funcion�rios da unidade de Santo Andr� (SP) e que atendia o setor automobil�stico para os outros escrit�rios, voltados para o com�rcio e servi�os.

Por causa das datas sazonais, h� contrata��es de trabalhadores tempor�rios no varejo. Segundo a coordenadora, os setores que ainda admitem s�o os de fast-food, artigos para casa (home centers) e de telecomunica��es. "S�o aqueles nos quais as pessoas n�o param de gastar, apesar da crise", diz.


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