Os governos do Rio e do Esp�rito Santo e a Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) querem agilizar a elabora��o do projeto da Ferrovia EF-118, que ligar� portos dos dois estados. O detalhamento das obras ocorreu hoje, durante audi�ncia p�blica na Associa��o Comercial do Rio de Janeiro. O governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o, disse esperar que o que cabe ao planejamento seja finalizado este ano, de modo a avan�ar em 2016.
"N�o tem data. Estamos na fase de audi�ncias p�blicas, mas quero que cheguemos ao fim do ano com a engenharia para come�ar em 2016", informou o governador. "� uma ferrovia muito importante para n�s e vital para o Rio, Esp�rito Santo, Minas e o Brasil inteiro. Passar� por todos os portos e pelo Porto do A�u, que � uma nova fronteira do desenvolvimento. Ser� um porto com capacidade para receber grandes navios."
O projeto est� or�ado em R$ 7,6 bilh�es e faz parte do Programa de Infraestrutura e Log�stica, lan�ado m�s passado pela presidenta Dilma Rousseff. A extens�o da ferrovia ser� de 577,8 quil�metros, com bitola larga e mista.
Do total, 404,6 km ser� no Rio e 169,2 km no Esp�rito Santo, interligando terminais portu�rios de caracter�sticas diferentes nos dois estados, entre eles Sepetiba, Itagua� e Maca�, no Rio, e Ubu, Vit�ria e Tubar�o, no Esp�rito Santo. Al�m do Porto do A�u, o sistema integrar� o porto capixaba Central, que tamb�m tem calado para navios maiores.
A malha cortar� 25 munic�pios, partindo de Nova Igua�u, na regi�o metropolitana do Rio, onde se conectar� com a malha concedida � MRS Log�stica S.A, que liga o Rio a S�o Paulo e Minas. No Espir�to Santo, haver� liga��o na cidade de Cariacica com a Estrada de Ferro Vit�ria Minas, concedida � Vale S.A.
Em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, a ferrovia ser� ligada � futura Estrada de Ferro Transcontinental, projeto que pretende estabelecer um caminho sobre trilhos para o Oceano Pac�fico, chegando ao Peru.
Depois das audi�ncias p�blicas, o projeto ser� encaminhado ao Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), a fim de que possa ser licitado pelo governo federal e se tornar uma Parceria P�blico Privada.
O governador do Rio defendeu agilidade no projeto e a busca de parceiros com concess�es no setor. "Que tragam parceiros novos, mas n�o podemos pensar em inventar a roda. Vimos a demora quando temos de elaborar e viajar muito para buscar parceiros. N�o sai do papel."
De acordo com Pez�o, a frustra��o foi grande com o trem-bala. "Discutimos por tr�s, quatro anos e jogamos o projeto na lata do lixo. Deixamos de realizar sonhos quando o Brasil crescia a 5%.". Segundo ele, obras de outros modais, como o metr�, poderiam ter sido discutidas no per�odo.
Governador do Esp�rito Santo, Paulo Hartung esclareceu que o projeto garante competitividade ao Brasil e retoma a vis�o do desenvolvimento ferrovi�rio, "perdida de forma equivocada no pa�s", com a prioriza��o de rodovias.
Para Hartung, � preciso estabelecer uma agenda que enfrente "o baixo astral no pa�s". "Vivemos um momento em que, se deixar, o baixo astral toma conta. Precisamos enfrentar essa tend�ncia negativa que toma conta do pa�s.
N�o podemos enfrentar de cabe�a baixa, muito menos pensar 2018 em 2015", acrescentou o governador. Diretor geral da ANTT, Jorge Bastos tamb�m afirmou que o projeto � fundamental para o Brasil e precisa ser executado "o mais r�pido poss�vel". "Ele ter� capilaridade para cargas diversas e ligar� os dois maiores portos em desenvolvimento no Brasil."
