O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez uma proje��o otimista sobre a recupera��o do PIB brasileiro, dizendo que em um ano e meio a rea��o pode ser bastante significativa. O ministro exemplificou, em sua fala, a evolu��o do indicador em 2001 e durante os anos de 1999 e 1998 e afirmou que o pa�s tem que "encontrar vetores fortes". Um dos exemplos usados foi a agricultura que, segundo ele, "est� indo muito bem".
O ministro acredita que a economia est� reagindo e disse ter certeza que o pa�s tem condi��es de superar a meta de super�vit fiscal anunciada esta quarta-feira, de 0,15% do PIB - antes era de 1,1%. "Temos trabalhado na agenda do crescimento", disse.
Mesmo com a redu��o da meta fiscal, Levy afirmou que, em suas conversas com as ag�ncias de classifica��o de risco que avaliam o Brasil, tem ressaltado que o cen�rio hoje � melhor do que o do come�o do ano. Naquela �poca, havia risco de downgrade, de desabastecimento de energia e a Petrobras passava por grave crise. "O governo tomou a��es firmes e en�rgicas, nem todas populares", afirmou. "Se a gente trabalhar forte, vamos diminuir os riscos. Precisamos ter um pouco de flexibilidade, mas muita persist�ncia e clareza", completou.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ressaltou que as ag�ncias de avalia��o de risco olham a trajet�ria fiscal, e n�o apenas a situa��o atual. "A trajet�ria � consistente e realista. Isso garante a credibilidade dessa proposta e a consist�ncia com a manuten��o dessas avalia��es de risco."
Apesar de o presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), ter anunciado rompimento com o governo, Levy disse estar confiante na aprova��o das pautas da equipe econ�mica que dependem do Poder Legislativo. "Renan Calheiros (peemedebista e presidente do Senado) tem indicado (a inten��o) de fazer uma pauta de crescimento real", afirmou. Ele disse acreditar tamb�m que o projeto de lei de mudan�a da meta fiscal ser� acolhido pelo Congresso.