O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou que a redu��o da meta de super�vit fiscal de 1,1% para 0,15%, divulgada nesta quarta-feira, � uma indica��o de que governo vai afrouxar o ajuste. "Uma reavalia��o da meta n�o � indica��o de abandono do ajuste fiscal, que est� tudo resolvido. O governo ainda n�o est� preparado para isso", disse.
"Apesar de estarmos reduzindo a meta, na verdade, nosso compromisso � de continuar a garantir a disciplina fiscal, at� pela necessidade de estarmos atentos � din�mica da d�vida p�blica e outros fatores", completou Levy. Ele defende que o governo fa�a a maior meta fiscal poss�vel, podendo at� superar o valor de 0,15%. "Tem muita chance de conseguirmos", afirmou. "Essa n�o era minha meta preferida e nem de nenhum de n�s, o objetivo � trabalhar para superar a meta."
Contando com receitas n�o recorrentes, as chamadas extraordin�rias, para a realiza��o da maior meta poss�vel, Levy afirmou que essas arrecada��es n�o recorrentes "n�o oneram a sociedade neste momento em que a economia est� mais devagar" e disse que o governo est� preferindo "procurar receitas que advenham de solu��es e cria��o de oportunidade ao inv�s de aumentar a carga tribut�ria". Uma das receitas extraordin�rias citadas pelos ministros foi o programa de concess�es.
Levy ressaltou que o governo precisar� lidar com o fim do boom das commodities e ser� necess�rio enfrentar a situa��o "do lado da oferta". Ponderou que, no caso da Previd�ncia Social, o Brasil � um dos poucos pa�ses desenvolvidos no ramo, por�m frisou que � necess�ria infraestrutura de pa�s desenvolvido para que n�o haja uma "trag�dia".