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Estado de Minas

Meta de super�vit prim�rio menor pressiona d�lar, diz economista

Campos Neto disse que dois fatores n�o favorecem o c�mbio no Brasil: um � a economia da China, que tem apresentado um quadro "n�o muito positivo", o outro fator � a economia dos Estados Unidos e a expectativa de ajuste monet�rio, com o aumento de juros que pode ocorrer nos pr�ximos meses


postado em 24/07/2015 14:47 / atualizado em 24/07/2015 14:55

O d�lar continua em alta e chegou a registrar R$ 3,34 hoje. Para Silvio Campos Neto, economista da Tend�ncia Consultoria, o fator mais recente que impulsionou a eleva��o do c�mbio foi a redu��o na meta de super�vit prim�rio, economia para o pagamento de juros da d�vida p�blica.

Campos Neto explica que aumentou a percep��o do mercado do risco sobre a possibilidade de rebaixamento da economia brasileira na �tica das ag�ncias de classifica��o de risco. Na �ltima quarta-feira, o governo anunciou que a queda na arrecada��o federal provocada pela retra��o na economia levou a equipe econ�mica a diminuir para R$ 8,747 bilh�es – 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no pa�s) - a meta de super�vit prim�rio do setor p�blico para este ano.

“O efeito natural disso � o aumento do risco e do pr�prio c�mbio. O problema � que todas as ag�ncias de risco podem revisar a nota do Brasil. Talvez, n�o a nota, mas a perspectiva do pa�s”, disse Campos Neto para a Ag�ncia Brasil.

Sobre a exist�ncia de fatores externos pressionando o c�mbio, Campos Neto acha o cen�rio muito vol�til. Disse que dois fatores, no momento, n�o favorecem o c�mbio no Brasil. Segundo ele, um � a economia da China, que tem apresentado um quadro “n�o muito positivo”. Para ele, as informa��es n�o s�o animadoras. Ele lembra a crise recente no mercado de capitais chin�s, com queda acentuada nas a��es. “Embora recentemente alguns n�meros tenham sido melhores, mas nada que tenha criado uma percep��o ou afastado o risco de uma desacelera��o um pouco maior. Para as moedas que t�m rela��o um pouco maior com commodities [como o real] esse fator tamb�m � um elemento de risco”, exemplifica.

No olhar do economista, outro fator � a economia dos Estados Unidos e a expectativa de ajuste monet�rio, com o aumento de juros que pode ocorrer nos pr�ximos meses. A eleva��o da taxa no mercado americano atrairia os investidores para o pa�s, o que, avalia, colocaria um vi�s para a alta do d�lar n�o s� aqui, mas em todo o mundo.



Zeina Latiff, economista da XP investimentos, concorda tamb�m que, na hora em que h� um risco do rebaixamento da nota de cr�dito do Brasil, obviamente h� press�o na taxa de c�mbio. Segundo ele, o mercado come�a a “precificar” a mudan�a. “Com o risco de perder o grau de investimento, a taxa de c�mbio � bastante sens�vel a isso”, pondera.

Para o presidente do Conselho Federal de Economia, Paulo Dantas da Costa, c�mbio � resultante de procura e oferta. De acordo com o Banco Central, mais d�lares sa�ram do que entraram no pa�s, neste m�s, at� o �ltimo dia 17. No per�odo, o saldo negativo chegou a US$ 2,363 bilh�es [https://goo.gl/TYYt6B ]. Ele lembra que os ingressos de moedas estrangeiras se reduz porque os residentes est�o apostando menos na nossa sa�de econ�mica. Al�m disso, Costa v� uma coisa “um pouco especulativa” em consequ�ncia do ambiente pol�tico.

“As condi��es pol�ticas n�o s�o as mais favor�veis. At� o pr�prio resultado da economia nas rela��es internas n�o est�o boas. Ent�o, o conjunto disso a� resulta no aumento da moeda estrangeira. Sobre a redu��o da meta, n�o vejo uma rela��o muito pr�xima do ponto de vista t�cnico-econ�mico. Isso vai em linha do ponto de vista da vari�vel pol�tica a qual me referi.

Procurada a assessoria do Minist�rio da Fazenda n�o quis falar da flutua��o do d�lar “por ser um assunto t�pico do Banco Central”. O Banco Central tamb�m n�o quis comentar a situa��o atual do mercado financeiro.

A classifica��o de risco, ou rating, na tradu��o em ingl�s, � a nota dada por institui��es especializadas em an�lise de cr�dito a pa�ses e empresas. Essas ag�ncias avaliam a capacidade e a disposi��o do emissor de um t�tulo em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de d�vidas. O rating � um indicador relevante para os investidores: fornece opini�o a respeito do risco de cr�dito da d�vida do pa�s e da empresa.


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