
Com expectativa de crescer surpreendentes 160% no pa�s, o setor de beleza e est�tica deve movimentar uma bolada acima de R$ 9 bilh�es neste ano. Em 2014, quando o faturamento estava em R$ 3,5 bilh�es, a taxa de expans�o da atividade ficou em 148%, incluindo o desempenho de servi�os de est�tica facial, corporal e venda direta de produtos para home care. Os n�meros s�o do Sindicato dos Empregadores em Empresas e Profissionais Liberais em Est�tica e Cosmetologia do Estado de S�o Paulo (Sindest�tica), que tra�a um cen�rio t�o otimista em fun��o da mudan�a dos h�bitos dos brasileiros. “Est�tica deixou de ser apenas uma quest�o de beleza e passou a representar sa�de e bem-estar. A popula��o est� cada vez mais preocupada com isso”, afirma a presidente do Sindest�tica, Daniela Lopez.
A despeito da crise econ�mica, os tratamentos est�ticos continuam em alta e, para n�o deixar de se cuidar, os consumidores est�o optando por tratamentos mais r�pidos, com duas ou tr�s sess�es. “As pessoas diminu�ram a ida �s cl�nicas, mas n�o deixaram de se cuidar. Em outro cen�rio, ver�amos a busca por pacotes de tratamentos est�ticos com 10, 15 sess�es ou mais”, afirma. Para especialistas de mercado, o crescimento do setor � alavancado pela inser��o da mulher no mercado de trabalho e a sua condi��o de chefe de fam�lia, a ascens�o da classe C e o ingresso do p�blico masculino nesse mercado.
Ainda de acordo com o Sindest�tica, Minas Gerais � o segundo estado que mais apresenta crescimento do n�mero de empresas no ramo e das vendas de home care. N�o foi por outro motivo que o m�dico dermatologista Bruno Vargas decidiu investir na cria��o de um espa�o maior para a cl�nica de dermatologia est�tica Inovatto, no Bairro Lourdes, na Zona Sul de Belo Horizonte. Com investimento de R$ 3 milh�es, ele e os s�cios aplicaram recursos na tecnologia a laser para atender o p�blico, cuja demanda dobrou nos �ltimos 12 meses. “A expectativa � de crescimento de 30% neste ano com o novo espa�o. O brasileiro � vaidoso e n�o deixa de se cuidar”, afirma.
Pesquisa realizada no ano passado pela empresa Mintel, H�bitos de Gastos do Consumidor, mostra que nada menos que 42% dos consumidores das classes m�dia e AB compraram mais produtos de higiene pessoal, beleza e cosm�ticos em rela��o ao ano anterior. Dados da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosm�ticos (Abihpec) mostram que o Brasil est� em terceiro lugar no ranking de consumo de produtos est�ticos, atr�s de Estados Unidos e China. O setor tamb�m teve crescimento m�dio de 10% ao ano nas �ltimas duas d�cadas, chegando a faturar R$ 43,2 bilh�es em 2014, cifra que significou aumento de 32% na procura por servi�os est�ticos em rela��o a 2013.
O s�cio-diretor da cl�nica Inovatto observa que a retra��o da economia ajudou a conter os pre�os na hora da negocia��o de equipamentos, al�m do material de constru��o e o aluguel do espa�o onde a empresa funciona. “Com a crise afetando os outros setores, conseguimos negociar os produtos com pre�os bem mais em conta”, disse. (FM)