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Estado de Minas TURISMO

Novos donos preparam povoado Biribiri para o renascimento

Depois do abandono dos anos em que os donos da antiga tecelagem buscavam comprador �nico, 30 casas s�o vendidas. Vilarejo j� tem pousada, restaurante e aguarda hotel e vin�cola


postado em 27/07/2015 07:26 / atualizado em 27/07/2015 07:42

A desenhista, ilustradora e escritora de livros infanto-juvenis, Ângela Lago comprou um imóvel em Biribiri, de onde prepara o lançamento de nova publicação(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
A desenhista, ilustradora e escritora de livros infanto-juvenis, �ngela Lago comprou um im�vel em Biribiri, de onde prepara o lan�amento de nova publica��o (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

Biribiri – De uma “cidade” quase fantasma no Vale do Jequitinhonha a um condom�nio misto, com resid�ncias, hot�is, restaurantes, museu, lojas e uma futura vin�cola. Esse � o novo perfil da buc�lica vila de Biribiri (buraco fundo, em tupi-guarani), tombada pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha), a 15 quil�metros do Centro hist�rico de Diamantina e a 350 de Belo Horizonte.

A tradicional fam�lia Mascarenhas, do ramo de tecelagem, vendeu 30 das 33 constru��es do povoado, erguido em 1877 para sediar uma f�brica de fia��o. O projeto vingou, no primeiro momento: havia 1,2 mil moradores no auge da linha de montagem. Mas, em 1973, a empresa n�o resistiu ao alto custo da produ��o e fechou as portas. O n�mero de habitantes despencou: tr�s adultos e uma crian�a residiam l� nos �ltimos anos.

Desde ent�o, os Mascarenhas tentaram negociar Biribiri no atacado. � falta de um comprador que desembolsasse alguns milh�es de d�lares, a fam�lia optou por vender os im�veis no varejo. Cada um saiu entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. Agora, Biribiri tem mais 30 donos. Apenas a igreja cat�lica, o galp�o da f�brica e a casa-grande (moradia do gerente da empresa) n�o mudaram de m�os.

Quem chega � vila percebe as mudan�as. Bet�nia Novaes e Gl�cia Winders adquiriram o im�vel que um dia foi dormit�rio dos oper�rios. Nele, montaram uma aconchegante e bem equipada pousada, com 12 apartamentos e capacidade para 28 h�spedes.

“Biribiri ganha nova cara. Um museu ser� aberto perto daqui. H� um projeto para uma vin�cola e outro para um hotel, com 60 apartamentos”, revela Bet�nia, que considera positiva a chegada de mais um hotel ao lugar. “Afinal, somos parceiros comerciais.”

Outro empreendimento j� em opera��o foi aberto pela fam�lia de Carlos Ferreira. Os pais dele compraram o antigo armaz�m, que agora � um restaurante cujo carro-chefe � o frango ao molho pardo. “D� para servir seis pessoas e custa R$ 90. Meu pai foi funcion�rio da f�brica. Morei aqui quando pequeno. Conhecemos o lugar como poucos. � agrad�vel, bonito... Tenho forte liga��o com Biribiri”, faz quest�o de contar o dono do novo neg�cio. Boa parte dos novos propriet�rios, ali�s, tem forte v�nculo afetivo com o lugarejo.

Um deles � o administrador Juscelino Brasiliano Roque, que sente orgulho em contar que seu nome homenageia o ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976). “JK era amigo da fam�lia. Tenho um telegrama enviado por ele no dia do meu nascimento, 21 de abril de 1960, data da funda��o de Bras�lia”.

O xar� do ex-presidente est� � frente da Associa��o dos Moradores da Vila do Biribiri. Ele adianta outro ponto comercial que ser� aberto em breve: “Cederemos um espa�o para uma institui��o de caridade interessada em montar uma lojinha. Dever� ter rotatividade (na explora��o do lugar), � um contrato por tempo previamente determinado”.

Juscelino garante que os visitantes continuar�o bem-vindos ao lugarejo, mas pondera a implanta��o de regras, como local reservado ao estacionamento de ve�culos. Tamb�m est� proibido som alto no local. “Biribiri nunca ser� fechada para a popula��o, como nunca esteve. Mas agora h� regras”. Para os moradores e empres�rios, ficou definida a manuten��o da fachada dos im�veis nas cores branca e azul.

INSPIRA��O

A escritora �ngela Lago tamb�m comprou uma casa no povoado. O contato com a natureza lhe d� inspira��o para o novo livro, a ser entregue � editora em setembro. “Ser� baseado na flora.” Ela e os outros moradores desembolsam R$ 200 mensais, a t�tulo de condom�nio. Todos os meses, at� dezembro, eles pagar�o mais R$ 200 mensais para a reforma de um im�vel que ajudar� a fomentar a economia do lugar.

Trata-se do casar�o que servir� de palco para festas, reuni�es e pequenos eventos. “A primeira coisa que fizemos no povoado foi a capta��o de �gua e o escoamento. A barragem foi restaurada. Colocamos dois cruzeiros nas montanhas e fixaremos mais seis. O historiador Wander Concei��o, um dos mais importantes do Brasil, est� nos ajudando”, finalizou Juscelino.


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