Bras�lia – A semana come�a com suspense sobre a pr�xima decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central, que se re�ne amanh� e quarta-feira. A expectativa � que os nove diretores do �rg�o elevem os juros pela s�tima vez seguida, mas especialistas ainda est�o divididos em rela��o ao tamanho do aumento na taxa b�sica da economia (Selic), atualmente em 13,75% ao ano.
As apostas de que o BC seria obrigado a ser mais duro e fazer um novo aumento de 0,50 ponto percentual, para compensar o afrouxamento da �rea fiscal, estavam crescendo na �ltima sexta-feira. No entanto, havia uma probabilidade maior de essa pr�xima eleva��o ser de 0,25 ponto percentual, porque a economia est� muito fraca e os analistas acreditam que um aperto maior nos juros encolheria ainda mais o Produto Interno Bruto (PIB), que j� n�o tem perspectivas animadoras.
No come�o da semana passada, as previs�es estavam convergindo para uma alta de 0,25 ponto percentual e chegaram a quase 90% das apostas antes de quarta-feira, quando o governo anunciou a redu��o da meta de superavit prim�rio de R$ 66,3 bilh�es (1,1% do PIB) para apenas R$ 8,7 bilh�es (0,15% do PIB), muito abaixo das previs�es do mercado de 0,6% do PIB para o resultado fiscal deste ano. Essa mudan�a dr�stica provocou uma reviravolta nas proje��es. Logo, as apostas em 0,50 ponto come�aram a se multiplicar.
O economista-chefe da Sul Am�rica Investimentos, Newton Rosa, explicou que, no in�cio da semana, o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tony Volpon, havia sinalizado que o BC poderia interromper o ciclo de alta na pr�xima reuni�o do Copom, mas Awazu fez o oposto, e ainda reconheceu que a mudan�a da meta de super�vit gera mais dificuldades para o controle de expectativas da infla��o. “O BC est� dando sinais contr�rios. � poss�vel que o Copom eleve a Selic em 0,25 ponto, mas
O economista do Ita� Unibanco Caio Megale contou que o banco mudou a proje��o para 0,25 ap�s as declara��es de Volpon e resolveu mant�-la mesmo com a nova meta de super�vit. “Os dados de atividade est�o muito fracos. O BC deve interromper esse ciclo de alta de juros agora em julho e ele ficar� observado o resultado para deixar espa�o para atuar s� em 2016 reduzindo os juros”, afirmou.