Bras�lia - A privatiza��o da Companhia Energ�tica de Goi�s (Celg) esta prevista para novembro e a expectativa � que o leil�o garanta cerca de R$ 8 bilh�es. A secret�ria de Fazenda do governo de Goi�s, Ana Carla Abr�o, informou que o cronograma para o leil�o � apertado, mas est� em dia.
O Estado vai utilizar 100% das receitas obtidas com o leil�o em projetos de infraestrutura. Um projeto de lei ser� encaminhado � Assembleia Legislativa fixando essa destina��o dos recursos. A proposta � investir em infraestrutura para o escoamento da produ��o e aumentar a competitividade de Goi�s no mercado nacional e internacional.
A Eletrobras tem 51% das a��es e o governo de Goi�s, os 49% restantes. Al�m da Celg, a Eletrobras deve vender a Cepisa (Piau�), Ceal (Alagoas), Ceron (Rond�nia) e Eletroacre (Acre).
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) � o gestor da venda. O banco contratou a Corpora��o Financeira Internacional (IFC, na sigla em ingl�s), do Banco Mundial, para desenhar a modelagem, que est� em fase de precifica��o.
Na avalia��o da secret�ria de Fazenda, a empresa, embora esteja hoje com uma situa��o financeira fragilizada, tem grande potencial de crescimento e investidores nacionais e estrangeiros manifestaram interesse na compra, entre eles fundos de investimento, de pens�o e empresas do setor interessadas na expans�o do mercado.
"A Celg � a joia da coroa. Goi�s continua crescendo e � um Estado plano, sem problemas de relevos, como existem em outros locais, facilitando a distribui��o", disse Ana Carla. "Vemos um movimento de bancos montando fundos, investidores se organizando para participar. Est� todo mundo de olho", enfatizou a secret�ria de Fazenda.
Segundo ela, a falta de investimento na Celg representa uma restri��o ao crescimento do Estado. Ou seja, Goi�s cresce num ritmo mais r�pido do que a empresa � capaz de acompanhar. Nem o Estado e nem a Eletrobras t�m recursos para fazer os investimentos necess�rios para atender � demanda crescente. Apesar da recess�o da economia, Goi�s deve fechar o ano com crescimento de 0,5%.
Com atividade econ�mica voltada para o agroneg�cio, o Estado se beneficia com o c�mbio mais favor�vel para as exporta��es. Para Ana Carla, a venda da Celg poder� ser emblem�tica para o setor, que passou por grandes dificuldades nos �ltimos anos.
Embora as receitas de privatiza��o n�o entrem no c�lculo do super�vit prim�rio, a venda reduz o endividamento do setor p�blico, ressaltou a secret�ria. "A queda da d�vida � sempre o objetivo principal do Minist�rio da Fazenda, porque a rela��o d�vida e PIB amea�a o grau de investimento", afirmou. A venda tamb�m aumenta a arrecada��o da Receita Federal com a tributa��o da opera��o.
