Bras�lia - Elevar a taxa b�sica de juros (Selic) provoca desemprego, aponta estudo da Confedera��o Federal de Economia (Cofecon) apresentado nesta sexta-feira. De acordo com a entidade, h� "extrema vincula��o" entre taxa de juros e saldo da gera��o de postos de trabalho no Pa�s.
A Confedera��o confrontou as trajet�rias do emprego e da Selic para fazer a an�lise. Como resultado, observou-se que, com certa defasagem de tempo, a redu��o dos juros coincide com um aumento no fluxo de carteiras assinadas e vice-versa. Sob comando do Banco Central, a eleva��o da taxa b�sica de juros � um instrumento de conten��o de demanda, que reduz a press�o inflacion�ria.
Em 2008, quando estourou a crise internacional, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) promoveu forte redu��o da taxa de juros, que foi de 13,75% em dezembro daquele ano para 8,75% em setembro de 2009. Como reflexo, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o saldo de postos de trabalho gerados no Pa�s saltou de 1,4 milh�o em 2009 para 2,6 milh�es em 2010.
J� em 2011 a queda na gera��o de empregos foi seguida de nova redu��o na taxa b�sica de juros, que atingiu o piso hist�rico de 7,25% em outubro do ano seguinte. Ap�s a medida, foi poss�vel observar que a queda na cria��o de vagas foi menos intensa entre 2012 e 2013.
"O que ocorreu a partir de ent�o foi o mais absoluto desencontro, com o governo, mesmo com a n�tida desacelera��o no ritmo de gera��o de emprego, persistir na eleva��o da taxa de juros", avalia a Cofecon. A pol�tica monet�ria promoveu aumentos da Selic, que foi para 10% em 2013, 11,75% em 2014 e 14,25% na �ltima reuni�o do Copom, neste m�s. O saldo de emprego, por sua vez, foi positivo em 1,1 milh�o em 2013, 413 mil em 2014, mas com retra��o de 345 mil vagas apenas no primeiro semestre deste ano. Segundo a entidade, h� a expectativa de 2015 fechar com saldo negativo de 1 milh�o de postos.
"Os efeitos que poderiam advir de uma pol�tica monet�ria contracionista n�o justificam a dose acentuada do 'rem�dio' aplicado, dada a gravidade dos efeitos colaterais provocados", afirma a Confedera��o.