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Estado de Minas

Paralisadas, empresas envolvidas na Lava-Jato tentam sa�da para crise

Um dos casos mais complexos � o do EAS, sociedade entre Camargo Corr�a e Queiroz Galv�o, por envolver negocia��es com Petrobras e Sete Brasil


postado em 04/08/2015 08:07 / atualizado em 04/08/2015 08:17

Um ano e cinco meses ap�s o in�cio da Opera��o Lava-Jato, Galv�o Engenharia, UTC, OAS, Sete Brasil e Estaleiro Atl�ntico Sul (EAS) seguem tentando aplacar os efeitos das den�ncias de corrup��o sobre seus neg�cios. Bombardeadas pela devassa da Pol�cia Federal, as empresas viram secar o cr�dito dos bancos. Hoje enfrentam processos de reestrutura��o intrincados, que passam por vendas de ativos, negocia��es com credores e com a Petrobras, epicentro da crise.

Um dos casos mais complexos � o do EAS, sociedade entre Camargo Corr�a e Queiroz Galv�o, por envolver negocia��es com Petrobras e Sete Brasil, criada pela estatal para gerenciar a constru��o de sondas e que entrou em colapso com a Lava-Jato. A proposta, segundo apurou o jornal "O Estado de S. Paulo", � que ambas realoquem em outros projetos R$ 1 bilh�o em equipamentos comprados pelo EAS para construir sete sondas, encalhadas depois que o estaleiro pernambucano rompeu contrato com a Sete, em fevereiro, alegando inadimpl�ncia da contratante. O acerto daria f�lego ao EAS, que seguiria operando calcado na carteira de encomendas de 18 petroleiros da Transpetro.


A d�vida do EAS gira em torno de R$ 2,6 bilh�es. Entre os credores est�o BNDES, Ita�, Bradesco, Santander e fornecedores do projeto de sondas. Sem um consenso sobre os equipamentos, o caso promete acabar em disputa nos tribunais ou em arbitragem. Segundo uma fonte, entretanto, a retomada do contrato para a constru��o de ao menos tr�s sondas pode voltar � mesa.

Uma das dificuldades em avan�ar � a paralisia que tomou conta da Petrobras e o temor de que um acordo com o EAS crie um efeito domin� em outros estaleiros. A pr�pria Sete Brasil tenta aprovar sua reestrutura��o. Apresentada em maio a credores com a proposta de reduzir de 28 para 19 sondas seu portf�lio, ela ainda n�o foi validada pela Petrobras.

A estatal analisa se seria mais econ�mico alugar parte das sondas, em um momento de baixa do setor. Uma das hip�teses em jogo � a entrada de novos s�cios estrat�gicos que fariam um aporte de capital na Sete Brasil. A reestrutura��o � essencial para destravar o financiamento de R$ 8,8 bilh�es aprovado em 2014 pelo BNDES e congelado pelo efeito Lava-Jato.

No epicentro da opera��o da PF, ap�s a pol�mica dela��o do empreiteiro Ricardo Pessoa, a UTC tem uma d�vida de R$ 1,25 bilh�o concentrada em seis bancos: Ita�, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, HSBC e ABC Brasil. A prioridade dos negociadores � obter uma car�ncia para o in�cio do pagamento da d�vida, al�m de aprovar o alongamento de prazos por cerca de seis anos. Para isso, est� sendo montada uma opera��o estruturada, com a reuni�o das d�vidas dos credores, possivelmente em uma deb�nture. O contrato definitivo incluir� a inje��o de R$ 50 milh�es a R$ 100 milh�es em capital de giro para a UTC.

Com a car�ncia, a UTC ganha tempo para vender ativos e abater a d�vida. O maior trunfo � sua fatia de 23% no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, avaliada entre R$ 500 milh�es e R$ 700 milh�es. A venda est� sendo coordenada pelos principais credores da empresa - Ita�, Santander e Bradesco. Investidores foram convidados a analisar o ativo pelos pr�ximos 30 dias. O intuito � chegar a uma solu��o at� o primeiro trimestre de 2016.

A UTC negocia ainda im�veis como o terreno na Avenida Paralela, em Salvador, avaliado em R$ 300 milh�es. O grupo avalia ter R$ 500 milh�es a receber da Petrobras, referentes �s obras da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap).

Em comum

UTC, EAS e Galv�o Engenharia t�m em comum em sua reestrutura��o a RK Partners, do consultor Ricardo Knoepfelmacher. Acostumado a apagar inc�ndios societ�rios, o reestruturador, conhecido como Ricardo K, atuou em crises emblem�ticas como as da Brasil Telecom e do imp�rio X. Assim como no grupo de Eike Batista, a miss�o � lidar com credores e livrar as empresas de d�vidas bilion�rias.

Das empresas atingidas pela Lava-Jato, as construtoras Galv�o e OAS recorreram � recupera��o judicial. O instrumento ainda n�o � cogitado pelas demais. A Galv�o entregou seu plano � Justi�a em junho e a expectativa � que realize a assembleia de credores em agosto. A empresa tem uma d�vida de cerca de R$ 1,7 bilh�o. De outro lado, avalia ter R$ 2,3 bilh�es a receber da Petrobras.

Para sanear as d�vidas, a Galv�o conta com a venda da CAB Ambiental, empresa de saneamento com 14 concess�es e quatro Parcerias P�blico-Privadas sob sua gest�o. O outro ativo da Galv�o � a concess�o da BR-153 no trecho entre Goi�s e Tocantins, cujo financiamento est� congelado no BNDES.

Com d�vida de R$ 9 bilh�es, a OAS apresentou em junho seu plano de recupera��o judicial. O documento prev� a venda da fatia do grupo na Invepar, um dos maiores players no setor de infraestrutura. A principal candidata � a canadense Brookfield Infraestructure, que fez um empr�stimo de R$ 800 milh�es � OAS, tendo como contrapartida a participa��o do grupo na Invepar, que atua em projetos de infraestrutura. A fatia de 24,5% foi inclu�da na recupera��o por pouco mais de R$ 2 bilh�es, mas a tend�ncia � que seja fechado um valor menor. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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