O aumento nos esfor�os globais de combate � corrup��o ir� reduzir os custos econ�micos, sociais e pol�ticos ligados a casos de suborno de governos e empresas estatais, mas podem impor custos diretos e indiretos significativos a certas estatais e a empresas privadas no curto e m�dio prazos, enquanto essas companhias lidarem com investiga��es ou trabalharem para fortalecer controles internos, avalia a ag�ncia de classifica��o de risco Moody's.
"Os pa�ses e as organiza��es internacionais est�o ampliando os esfor�os contra a corrup��o, especialmente na esteira de esc�ndalos recentes, como o da Petrobras, cujo impacto se espalhou por todo o setor de engenharia e de constru��o do Brasil", diz Gersan Zurita, vice-presidente s�nior da Moody's.
O caso da Petrobras levou o Brasil a finalmente implementar sua lei anticorrup��o, o que representa um marco significativo, de acordo com o relat�rio da ag�ncia de classifica��o de risco.
Segundo a Moody's, a corrup��o tem efeitos variados sobre a qualidade de cr�dito das empresas, que dependem de outras caracter�sticas credit�cias das companhias, da gravidade dos caso de corrup��o e do impacto financeiro de multas e penalidades.
Medidas de combate � corrup��o s�o positivas no longo prazo porque ampliam a transpar�ncia, atraindo investimentos e melhorando o acesso ao financiamento, pondera a Moody's. Por outro lado, os riscos de cr�dito relacionados a esses esfor�os s�o maiores para estatais e empresas privadas, particularmente no curto a m�dio prazos.
"Embora as estatais sejam particularmente suscet�veis � corrup��o, as empresas privadas est�o mais sujeitas a serem alvo de medidas porque � improv�vel que os governos tomem a��es agressivas contra estatais grandes e estrategicamente importantes", diz Christian Plath, vice-presidente da ag�ncia. "Os custos ligados a uma investiga��o e ao fortalecimento dos processos de cumprimento das normas v�o, a princ�pio, pressionar o perfil de cr�dito dessas empresas, mas, no longo prazo, elas se beneficiar�o ao adotarem controles mais r�gidos."