O diretor de pesquisa econ�mica da GO Associados, Fabio Silveira, avalia que a desvaloriza��o do d�lar come�a a estimular setores industriais de menor valor unit�rio, como os de produtos n�o dur�veis e semidur�veis, mas que os reflexos na economia do cen�rio pol�tico brasileiro ainda trazem incertezas para a ind�stria. "As ind�strias de alimentos e t�xteis mostram rea��o com o c�mbio, principalmente porque h� um deslocamento do consumo de importados, para uma demanda dom�stica", disse. "Essa ind�stria come�a a encontrar um piso, mas, por conta do desentendimento de Executivo, Legislativo e Judici�rio, o cen�rio pode mudar e gerar novas incertezas", completou.
Portanto, segundo Silveira, a perspectiva de uma queda de 4% a 4,5% na produ��o industrial em 2015 ante 2014 - melhor que a baixa acumulada de 5% nos �ltimos 12 meses at� junho - ocorre em um cen�rio com o d�lar em torno de R$ 3,30, desemprego ao redor de 6%, cr�dito 4% menor e massa salarial com recuo de 2%. "Se o cen�rio pol�tico aqui e se o setor externo piorarem e o d�lar, por exemplo, for a R$ 4, � l�gico que pode haver um reordenamento nas condi��es da economia e da ind�stria", afirmou. "Se o d�lar mais alto estimula exporta��es de maior valor agregado, por outro lado pode explodir a d�vida das empresas".