
S�o Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta ter�a-feira que j� � poss�vel ver certa recupera��o no setor industrial, apesar da r�pida aprecia��o do c�mbio nos �ltimos meses, que poderia prejudicar algumas empresas. "A gente j� tem visto algumas ind�strias reagindo �s novas condi��es macroecon�micas. Algumas est�o com mais lucratividade, exportando mais, crescendo. O c�mbio, para v�rias ind�strias, n�o tem atrapalhado." A declara��o foi dada ap�s o ministro participar da 16ª Confer�ncia Anual do Santander.
Questionado se esperava uma aprova��o do projeto que reverte a desonera��o sobre a folha de pagamento, Levy primeiro n�o quis responder. Ap�s os jornalistas insistirem no tema, ele disse que o governo est� acompanhando o andamento do projeto no Congresso. Mais cedo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), disse que a Medida Provis�ria era um "cad�ver insepulto" e que tentaria votar o projeto hoje, para poder liberar a pauta.
"A gente est� acompanhando. Eu acho que diminuir essa ren�ncia, esse dinheiro que o governo tem dado para algumas companhias � importante, porque hoje o dinheiro est� escasso. A gente precisa olhar com muita aten��o o que o governo d� para as empresas", afirmou. Ele reconheceu que h� preocupa��o com rela��o ao poss�vel impacto no emprego em alguns setores, mas disse que isso tem de ser bem analisado. "Vamos ver o que o Senado aponta como solu��o para a gente poder concluir essa p�gina (do ajuste fiscal)", acrescentou.
J� sobre a poss�vel vota��o na C�mara de um projeto que muda a remunera��o do Fundo de Garantia por Tempo de Servi�o (FGTS), Levy afirmou que o assunto precisa ser bem discutido. "O FGTS � muito importante para a habita��o popular", afirmou, acrescentando que existe uma concentra��o de contas com saldo mais alto, sendo que cerca de 1% das contas do FGTS representa 30% do volume financeiro total. "A gente tem que ver como vai ser (uma poss�vel mudan�a na remunera��o), se vai ser escalonado. Tem de ser discutido, porque o segredo da democracia � essa conversa, todo mundo entender as consequ�ncias e tentar encontrar o melhor caminho", explicou.
