A soma de todas as d�vidas tribut�rias brasileiras j� alcan�a a marca de R$ 1,1 trilh�o. O c�lculo � do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) e considera a posi��o em julho deste ano. A maior fatia - R$ 723,3 bilh�es - envolve grandes devedores, ou seja, empresas que juntas representam menos de 1% de todas as pessoas jur�dicas registradas no Brasil, aponta o sindicato.
O levantamento do Sinprofaz indica que o setor industrial concentra a maior fatia dos d�bitos tribut�rios inscritos na d�vida ativa da Uni�o (R$ 315,7 bilh�es), seguido pela atividade comercial (278,8 bilh�es). Do total de R$ 1,1 trilh�o estimado em d�vida ativa, S�o Paulo lidera, com R$ 484,7 bilh�es em d�bitos, seguido do Rio de Janeiro, com R$ 197,7 bilh�es; e, em terceiro lugar, Minas Gerais, com aproximadamente R$ 65,4 bilh�es.
Somente neste ano, de janeiro at� agora, mais de R$ 320 bilh�es teriam sido sonegados, aponta o presidente do Sinprofaz, procurador Achilles Frias. "Se o governo federal investisse corretamente nos instrumentos de combate � corrup��o, n�o seria necess�rio sequer fazer ajuste fiscal. Os procuradores da Fazenda Nacional s�o advogados p�blicos que recuperam tributos n�o pagos por pessoas f�sicas e jur�dicas", argumenta.
Para denunciar os valores estimados em impostos sonegados, o Sinprofaz instalou nesta quarta-feira, 19, em Bras�lia, o painel do "Soneg�metro", que revela em tempo real o total dos tributos sonegados no Brasil. O equipamento ficar� ao lado do Museu Nacional da Rep�blica, na Esplanada dos Minist�rios.
Segundo Frias, no ano passado a carreira conseguiu impedir a perda de R$ 500 bilh�es aos cofres p�blicos do Pa�s. Mas ele avalia que a Procuradoria da Fazenda Nacional encontra-se sucateada e precisa de investimentos . "Atualmente sofremos com instala��es f�sicas prec�rias, ac�mulo de fun��es e sobrecarga de processos, quadro insuficiente de procuradores e uma remunera��o defasada em compara��o com a Defensoria, com o Judici�rio e com o Minist�rio P�blico", argumenta.