O ministro do Desenvolvimento Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, informou que o Brasil perdeu US$ 12 bilh�es de receitas no fluxo comercial por causa da queda de pre�os internacionais dos produtos exportados. O preju�zo, segundo ele, foi contabilizado de janeiro a julho, na compara��o com o mesmo per�odo de 2014.
Ao comentar que os problemas na economia chinesa trazem preocupa��o, Monteiro ressaltou que j� vinha sentindo efeitos do enfraquecimento daquele pa�s. "O Brasil j� sente um pouco os efeitos dessa desacelera��o, porque a queda de pre�os de commodities que estamos experimentando h� alguns anos � reflexo desse processo", disse. "J� estamos sendo afetados. Se houver agravamento dessa situa��o, evidente que teremos um efeito maior."
Segundo o ministro, a baixa participa��o do setor exportador no PIB brasileiro acaba sendo um fator de prote��o ao pa�s. "O Brasil tem um lado que nos ajuda nessa hora. � que a parcela que n�s exportamos do PIB � relativamente pequena. O Brasil ainda � um pa�s fechado", afirmou, respondendo que, �s vezes, as fraquezas s�o as fortalezas do Brasil. "Se n�s tiv�ssemos uma depend�ncia maior do com�rcio internacional nessa hora, estar�amos mais vulner�veis", explicou.
Para o ministro, as for�as estabilizadoras da economia global j� est�o atuando para reverter o quadro negativo. Ele acredita que o ciclo de eleva��o de juros nos Estados Unidos ser� adiado.
Tarifas
Armando Monteiro defendeu ainda uma revis�o nas tarifas de importa��o de insumos, que acabam comprometendo as exporta��es. O ministro explicou que, no Brasil, alguns insumos contam com maior prote��o que os produtos finais, o que vai na contram�o da tend�ncia mundial. "Os insumos ficam caros e comprometem a competitividade das exporta��es dos bens finais. Vamos ter que rever essa estrutura", afirmou.
Ao falar sobre as dificuldades da economia brasileira, Monteiro defendeu que os problemas n�o est�o apenas fora das empresas, nas externalidades, no custo sist�mico. Para ele, � preciso avan�ar em temas como programas de capacita��o, renova��o de equipamentos e melhoria de processos. "Isso n�o significa que vamos deixar de valorizar aspectos ligados aos custos sist�micos. Temos uma agenda multidirecional com desafios em v�rias �reas", ponderou.